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[Análise] O 14º leilão de biodiesel


BiodieselBR - 02 jun 2009 - 08:43 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:08

Análise Semanal 02.jun.09

O Leilão
A semana passada foi marcada pela ansiedade e expectativa em relação ao primeiro leilão do B4. A movimentação do setor em relação ao certame é natural, e não se restringe apenas as usinas, uma vez que é este evento que decide os rumos do mercado durante três meses.

No pregão da última sexta-feira havia muito receio que o deságio fosse grande como o do 13º leilão, contudo isso não ocorreu e as usinas conseguiram vender um bom volume de biodiesel com um deságio médio de 2,16%.

O leilão mostrou que os atores da nova matriz energética brasileira tem plenas condições de atender a demanda do B5 já para no último trimestre de 2009. Somadas as ofertas dos dois lotes, o volume foi de 627,12 milhões de litros e a demanda de B5 para o trimestre seria de 575 milhões de litros. Além dessa oferta já registrada, no próximo leilão haverá novas grandes usinas - a Bionasa (GO), de 264 milhões de litros e possivelmente a BSBios em Marialva (PR), de 120 milhões de litros - bem como ampliações nas usinas existentes - a ADM ampliará sua capacidade para 343,8 milhões de litros, contra os atuais 245,52 milhões de litros.

Por conta desse volume extra e o fato de que não temos qualquer indício do B5 antes de 2010, o próximo leilão da ANP tende a ser muito mais disputado.

Mas neste leilão ficou claro uma divisão no setor de biodiesel brasileiro: os que são verticalizados e os que compram matéria-prima no mercado. De todas as usinas que participaram do leilão apenas seis produzem sua própria matéria-prima: ADM, Caramuru, Granol, Oleoplan, Bracol, e Agropalma. Estas empresas foram responsáveis pela venda de 43,74% de todo o biodiesel negociado no leilão. Esse percentual deve aumentar a cada leilão, seja pela conquista de mais espaço, ou pela entrada de novas usinas com esmagadoras. É certo que quando o setor estiver maduro haverá muito pouco espaço para usinas pequenas, e o determinante será o preço.


Glencore
Com a Glencore assumindo as operações da Agrenco, mais um grande player mundial do agronegócio e commodities entra no setor de biodiesel brasileiro. Como as demais esmagadoras de soja do Brasil que fazem biodiesel, a Glencore também terá esta opção. Se o mercado estiver favorável, ela produzirá o biocombustível, caso contrário, venderá o óleo no mercado, que aliás, é sua especialidade.


Cotações
Na bolsa de Chicago o óleo de soja fechou a semana cotado a U$ 0,3921 por libra peso, um aumento de 2,4% durante a semana. No primeiro dia de junho as cotações continuaram em alta e o óleo fechou em U$ 0,4010, alta de mais 2,22% somente neste dia.

Já o mercado interno trabalhou no sentido inverso, com a valorização do real, o preço do óleo fechou a semana cotado a R$ 1.900,00 posto São Paulo com 12% de ICMS. Mantendo a mesma cotação na segunda-feira (01).


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