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O biodiesel e as perspectivas para o Crambe e o Algodão


Edição de Out / Nov de 2010 - 15 out 2010 - 15:25 - Última atualização em: 19 jan 2012 - 11:37
Crambe
A espécie foi introduzida no Brasil há 14 anos pela Fundação MS. Inicialmente, o objetivo era trazer mais uma opção de inverno para produção de palhada no plantio direto, mas, como a planta não apresentou bons resultados para cobertura do solo, passou-se a investigar seu potencial para a produção de óleo. Deu certo. Nas áreas com boas condições, as produtividades variam de 700 a 1.200 quilos de óleo por hectare, de acordo com Renato Roscoe, pesquisador na área de bioenergia da Fundação MS. Com o lançamento da primeira variedade registrada no Brasil, a FMS Brilhante, começou o trabalho de divulgação para as indústrias de biodiesel.

“Mesmo sabendo que o óleo de crambe tem usos industriais nobres, seguramente a mola propulsora para a expansão da cultura no Brasil foi o programa de biodiesel”, afirma Roscoe. Em 2004, não havia plantios comerciais de crambe. Não há estatísticas oficiais, mas estima-se hoje que a área plantada esteja em torno de 10 mil hectares.

Algodão
O algodão tem um mercado consolidado no país. Graças a isso, o óleo do caroço é hoje a terceira fonte de produção de biodiesel no Brasil. Atualmente, há cerca de 836 mil hectares plantados, configurando uma redução na área cultivada nos últimos dois anos, que chegou a superar a marca de 1 milhão de hectares. “Mas a tendência é que se recupere o crescimento em função do mercado internacional. Outros países, como Índia e Estados Unidos, não estão produzindo o suficiente”, enfatiza Napoleão Beltrão, pesquisador da Embrapa Algodão e membro da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel.

Na década de 70, a área plantada girava em torno de 4 milhões de hectares. Apesar da drástica redução de área, o país conseguiu aumentar a produtividade em quase dez vezes, graças às novas cultivares e à alta mecanização da cultura.