Crambe: Produtividade
Produtividade
Nos quesitos produtividade e porcentual de óleo, o crambe vai muito bem. Segundo os dados obtidos pela Fundação MS, a produtividade varia de 1.000 a 1.500 quilos por hectare, mas em boas condições de solo e clima pode alcançar entre 1.800 e 2.000 kg/ha. “Nas circunstâncias atuais, produtividade acima de 800 kg/ha já pode apresentar viabilidade econômica”, afirma Pitol. A porcentagem média do conteúdo de óleo obtida nos estudos da instituição foi de 38% no crambe, enquanto que a literatura internacional menciona de 26% a 35%, explica o pesquisador.
Entusiasmado com os resultados das pesquisas, ele também destaca que a planta tem a vantagem de produzir um biodiesel de boa qualidade e que não compete com o consumo humano, porque o óleo é tóxico até para animais, devido ao alto teor de ácido erúcico – algo em torno de 60%.
Mas Pitol também lembra que o grão de crambe é de baixa densidade – em torno de 350 quilos por metro cúbico – o que restringe o transporte do produto a pequenas distâncias, ou seja, a indústria envolvida na extração do óleo precisa estar próxima da região de produção da planta.
O engenheiro florestal Renato Roscoe, que assessora projetos de implantação de usinas de biodiesel com foco na produção de pinhãomanso, macaúba e crambe, é outro profissional otimista em relação à cultura. A presença de elevadas concentrações de ácido erúcico, comenta, garante ainda um mercado alternativo para a produção de plásticos biodegradáveis e lubrificantes. “Sem contar que há evidências de que a presença desse ácido graxo em elevadas quantidades pode reduzir a degradação biológica do óleo e possivelmente do biodiesel, conferindo maior estabilidade ao produto”, explica.
No aspecto agronômico, Roscoe ressalta os mesmos números sobre produtividade apresentados pela Fundação MS e declara que, em áreas experimentais, a produção de óleo ficou entre 350 e 450 quilos por hectare. Outra vantagem do crambe, de acordo com ele, é ser uma cultura de segunda safra adaptada a um plantio mais tardio e a regiões com janela de safrinha mais apertada. Entre as desvantagens da cultura, na opinião do pesquisador, estão o pouco conhecimento sobre a planta e a existência de uma única variedade registrada até o momento. De acordo com Roscoe, no momento nenhum país está fazendo biodiesel de óleo de crambe comercialmente.
Todo o óleo produzido no mundo a partir da planta tem sido destinado ao mercado de lubrificantes e polímeros. “Isso ocorre porque a produção mundial desse óleo é ainda muito baixa. Estimase que haja entre 50 e 60 mil hectares de crambe no mundo”. Mas o Brasil, acredita o especialista, tem potencial para dobrar essa área plantada em poucos anos. Somente em Mato Grosso do Sul, pelos cálculos de Roscoe, são plantados 1,8 milhão de hectares de soja na safra de verão e cerca de 800 mil hectares de culturas de safrinha, como milho, girassol e trigo. “Isso deixa um residual de um milhão de hectares praticamente não cultivados com plantas de cobertura na safrinha. O potencial para a expansão do crambe é muito grande e certamente os volumes de óleo vão rapidamente saturar o mercado da indústria química, deixando em evidência o potencial da planta para a produção de biodiesel”, calcula.
Nos quesitos produtividade e porcentual de óleo, o crambe vai muito bem. Segundo os dados obtidos pela Fundação MS, a produtividade varia de 1.000 a 1.500 quilos por hectare, mas em boas condições de solo e clima pode alcançar entre 1.800 e 2.000 kg/ha. “Nas circunstâncias atuais, produtividade acima de 800 kg/ha já pode apresentar viabilidade econômica”, afirma Pitol. A porcentagem média do conteúdo de óleo obtida nos estudos da instituição foi de 38% no crambe, enquanto que a literatura internacional menciona de 26% a 35%, explica o pesquisador.
Entusiasmado com os resultados das pesquisas, ele também destaca que a planta tem a vantagem de produzir um biodiesel de boa qualidade e que não compete com o consumo humano, porque o óleo é tóxico até para animais, devido ao alto teor de ácido erúcico – algo em torno de 60%.
Mas Pitol também lembra que o grão de crambe é de baixa densidade – em torno de 350 quilos por metro cúbico – o que restringe o transporte do produto a pequenas distâncias, ou seja, a indústria envolvida na extração do óleo precisa estar próxima da região de produção da planta.
O engenheiro florestal Renato Roscoe, que assessora projetos de implantação de usinas de biodiesel com foco na produção de pinhãomanso, macaúba e crambe, é outro profissional otimista em relação à cultura. A presença de elevadas concentrações de ácido erúcico, comenta, garante ainda um mercado alternativo para a produção de plásticos biodegradáveis e lubrificantes. “Sem contar que há evidências de que a presença desse ácido graxo em elevadas quantidades pode reduzir a degradação biológica do óleo e possivelmente do biodiesel, conferindo maior estabilidade ao produto”, explica.
No aspecto agronômico, Roscoe ressalta os mesmos números sobre produtividade apresentados pela Fundação MS e declara que, em áreas experimentais, a produção de óleo ficou entre 350 e 450 quilos por hectare. Outra vantagem do crambe, de acordo com ele, é ser uma cultura de segunda safra adaptada a um plantio mais tardio e a regiões com janela de safrinha mais apertada. Entre as desvantagens da cultura, na opinião do pesquisador, estão o pouco conhecimento sobre a planta e a existência de uma única variedade registrada até o momento. De acordo com Roscoe, no momento nenhum país está fazendo biodiesel de óleo de crambe comercialmente.
Todo o óleo produzido no mundo a partir da planta tem sido destinado ao mercado de lubrificantes e polímeros. “Isso ocorre porque a produção mundial desse óleo é ainda muito baixa. Estimase que haja entre 50 e 60 mil hectares de crambe no mundo”. Mas o Brasil, acredita o especialista, tem potencial para dobrar essa área plantada em poucos anos. Somente em Mato Grosso do Sul, pelos cálculos de Roscoe, são plantados 1,8 milhão de hectares de soja na safra de verão e cerca de 800 mil hectares de culturas de safrinha, como milho, girassol e trigo. “Isso deixa um residual de um milhão de hectares praticamente não cultivados com plantas de cobertura na safrinha. O potencial para a expansão do crambe é muito grande e certamente os volumes de óleo vão rapidamente saturar o mercado da indústria química, deixando em evidência o potencial da planta para a produção de biodiesel”, calcula.