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Caramuru movimenta menos, mas preços internacionais e câmbio deixam a “safra” gorda


Money Times - 16 nov 2021 - 09:00

A Caramuru Alimentos deixou para trás os nove primeiros meses do ano com um incremento no lucro líquido de 224,3% e alta no Ebitda de 57,8% sobre janeiro a setembro de 2020.

Os resultados, respectivamente R$ 287 e R$ 425,62 milhões, foram extraídos da receita bruta recorde de R$ 5,58 bilhões, acréscimo de 21,12%, que o grupo reputa, em grande parte, aos preços internacionais das commodities e aos ganhos cambiais.

Uma das maiores firmas nacionais, integrada em produção (soja, milho, girassol e canola), trading, logística (operação em hidrovias e terminais portuários), processamento, marcas de consumo (farinha Sinhá, a mais conhecida) e biodiesel – e em vias de virar produtora de etanol de soja -, a Caramuru também diminuiu sua alavancagem.

No relatório acessado por Money Times, a dívida líquida regista R$ 1,94 bilhão, versus R$ 2,05 bilhões sobre os nove primeiros meses do ano fiscal anterior, mas na relação dívida líquida-Ebitda/12 meses a redução foi considerada mais relevante, 3,4x em 2021 contra 5,5x de 2020.

Operações

Entre os principais ativos de negócios do grupo da família Borges de Souza, o principal teve redução operacional.

Na originação de grãos, ano contra ano, houve uma queda de 12,51%, fechando no período relativo a 2021 em 2,45 milhões de toneladas. O atraso no início da colheita da soja, depois do plantio tardio de 2020 ante a seca, foi a principal causa, que se refletiu, igualmente, no volume do milho safrinha.

Sem prejuízo do processamento, destaca o balanço, “uma vez que prestamos também serviços de recebimento e armazenagem para esta commodity”.

Em biodiesel, por exemplo, a comercialização teve um impacto leve, de 3,3 mil toneladas a menos, concluída em 295,28 mil/t.

Giovanni Lorenzon – Money Times