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Política

Bento Albuquerque se compromete com adoção do B12


BiodieselBR.com - 31 out 2019 - 18:22

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, esteve na cidade de Passo Fundo (RS) onde participou nessa quinta-feira (31) de um evento com representantes do setor de biodiesel. O encontro foi organizado pela Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) com apoio da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) e da BSBios.

Durante o evento, Albuquerque se comprometeu com a elevação da mistura obrigatória dos atuais 11% para 12% “no início de 2020”. Segundo o cronograma previsto na Resolução 16/2018 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a estreia do novo patamar deverá ser implementado em março.

Em discurso para cerca de 300 pessoas, Bento Albuquerque lembrou o trabalho coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para atestar a viabilidade do uso de misturas até 15% em motores diesel. “Os testes demonstraram segurança para que a mistura obrigatória fosse alterada para 11%. No início do próximo ano, vamos para 12%”, afirmou Bento Albuquerque. “E até 2023 a mistura do biodiesel será de 15%”, completou.

Bento Albuquerque ressaltou ainda que Brasil tem uma vocação natural para a produção de biocombustíveis por sua interface com o agronegócio. “O Brasil é um destaque mundial: 23% de toda a oferta de energia brasileira é bioenergia, enquanto no resto do mundo esse índice é de 3%”, disse o ministro.

Segundo o presidente do conselho de administração da Aprobio e sócio da BSBios, Erasmo Carlos Battistella, cada aumento ponto percentual a mais na mistura obrigatória representa uma demanda adicional de 700 milhões de litros de biodiesel por ano. “Isso significa um aumento da demanda por soja processada de 2,5% a 3%, representando um volume de 3 milhões de toneladas de soja processada a mais por ano”, afirmou o empresário.

Exemplo do B11

Pode não ser tão simples dar o próximo passo da mistura. Pelo cronograma do CNPE, o B11 deveria ter sido implementado em junho deste ano. A resistência da Anfavea, no entanto, fez com que o ministério adiasse o aumento da mistura até que a ANP tivesse aprovado uma nova especificação mais rigorosa para o biodiesel.

No fim, o B11 só passou a valer em setembro.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com
Com informações da Aprobio