Homologação do leilão de biodiesel atrasa e mercado pode operar na informalidade
Com apenas mais dois dias pela frente até a virada do mês – e do trimestre –, o 26º Leilão de Biodiesel continua pendente. Os resultados do certame ainda não receberam a devida homologação por parte da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com o edital do leilão, as entregas do biodiesel comercializado nesse processo estão marcadas para começar já no dia 1º de julho.
O processo de comercialização referente ao mais recente leilão de biodiesel foi encerrado no último dia 14. Durante a disputa foram arrematados 769 milhões de litros de biodiesel que serão usados para fazer frente à mistura obrigatória de 5% de biodiesel no óleo diesel comercializado durante o 3º trimestre desse ano.
O problema é que sem a homologação por parte da ANP, as usinas não podem assinar os contratos de compra e venda de biodiesel. Sem isso, uma indústria que está movimentando R$ 1,96 bilhão apenas nesse trimestre corre risco de ter que operar na informalidade.
Essa não é a primeira vez que a demora da ANP cria dificuldades. No trimestre passado a Petrobras foi obrigada a realizar o releilão de biodiesel antes do resultado estar devidamente homologado. Isso acabou obrigando o mercado a fazer malabarismos para se resolver depois que a Bionasa acabou perdendo os 20,6 milhões litros que havia vendido.
A ANP foi procurada por BiodieselBR, mas até o fechamento desta reportagem a agência ainda não havia se pronunciado.
Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com