Estudo da FPT conclui que B20 não reduz eficiência de catalisadores
Os aumentos previstos no mandato de biodiesel nos próximos anos não serão impedimento para que a indústria automotiva nacional cumpra as exigências da fase P8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve). A conclusão é de um estudo que foi conduzido pela FPT Industrial – empresa que faz parte do Grupo Iveco – que foi recentemente apresentado num simpósio da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).
Os resultados dão até uma margem de segurança para o mercado. Hoje, o horizonte de evolução do mandato de biodiesel vai até a adoção do B15 em abril de 2026. Conforme cronograma que foi aprovado em meados de março passado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Já os testes da FPT foram feitos com B20. De acordo com nota encaminhada à BiodieselBR.com pela assessoria da FPT, os testes foram feitos com B20 por haver previsão do uso dessa mistura em frotas cativas. “Optamos pelo uso do B20 em nossos testes com o objetivo de trazer segurança para nossos clientes que eventualmente optarem por seu uso”, informa o texto.
Especificação antiga
Além disso, os testes foram conduzidos entre 2020 e 2023. Antes, portanto, da publicação da nova especificação do biodiesel. Todo o biocombustível utilizado nos ensaios foi fabricado ainda sob a Resolução ANP 45/2014 e tinha os limites antigos de contaminantes metálicos e fósforo – respectivamente 5 e 10 partes por milhão.