Pesquisadores da UFSC desenvolvem novo reator para produção de biodiesel
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) depositou um pedido de patente junto ao INPI para um novo tipo de reator utilizado na produção de biodiesel. A tecnologia foi desenvolvida como parte da pesquisa de pós-doutorado da pesquisadora Maira Oliveira Palm, em colaboração com os professores Rafael Catapan (coordenador do projeto), Cátia Carvalho Pinto e Diego Duarte.
O equipamento, fruto da parceria entre o Laboratório de Combustão e Catálise Aplicadas (LAC) e o Laboratório de Tratamentos de Superfície (LATS), utiliza plasma de baixa frequência, o que permite reduzir o tempo das reações necessárias para a conversão de óleos e gorduras em biodiesel. Isso pode aumentar a produtividade das usinas e diminuir a quantidade de insumos necessários.
Atualmente, a tecnologia convencional exige que as matérias-primas usadas na produção de biodiesel – normalmente um óleo vegetal e metanol – sejam aquecidas a temperaturas na faixa dos 80ºC antes de serem misturadas. Já o novo sistema tira proveito de descargas elétricas geradas dentro do próprio reator para promover a reação entre esses dois reagentes.
Segundo os pesquisadores, o próximo passo da pesquisa é testar o processo com diferentes matérias-primas para entender todos os efeitos do plasma sobre a qualidade do biodiesel, além de experimentar diferentes tipos de catalisadores para reduzir os custos do processo produtivo.
Para o professor Rafael Catapan, além de favorecer a produção de biodiesel em unidades menores do que as atuais, a substituição das fontes convencionais de calor pelo plasma possibilitaria a eletrificação dos processos produtivos. “Se a eletrificação vier de uma fonte renovável, pode reduzir ainda mais a pegada de carbono desse tipo de processo”, explica.
Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com
Com informações da UFSC