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Cidades

Alta do diesel torna operação de ônibus no RJ insustentável, diz federação


Veja - 06 out 2021 - 08:54

A alta acumulada de 51% no preço óleo diesel só em 2021 levou a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro a publicar uma nota em tom de alerta, “em caráter urgente”, com apelos aos governos federal, estadual e municipais.

Segundo a Fetranspor, o aumento nos custos “torna insustentável a operação das empresas de ônibus diante da maior crise econômica enfrentada pelo transporte público” no Estado.

Para a federação, o reajuste anunciado na semana passada pela Petrobras pressiona ainda mais o setor, que vive “o seu esgotamento financeiro devido ao aumento dos custos de operação nos últimos três anos sem a compensação tarifária adequada”.

Agora, de acordo com a entidade, o diesel passou a ser o principal item no custo da operação das empresas, representando 31% do total – os salários dos rodoviários representam 25% e os encargos sociais, 11%.

O texto, divulgado na quinta-feira passada, diz que o aumento deve ser repassado imediatamente para o cálculo da tarifa de transporte. “Neste cenário, é imprescindível que as autoridades públicas viabilizem uma tarifa social como forma de preservar o transporte coletivo e garantir o acesso dos passageiros ao sistema de ônibus, responsável por mais de 70% dos deslocamentos”, aponta a Fetranspor.

Os números negativos apontados pelas empresas são de um prejuízo de 2 bilhões de reais para o setor desde o início da pandemia, com mais de 20 mil postos de trabalho perdidos e interrupção definitiva das atividades de 16 empresas, além de pedidos de recuperação judicial outras 13 e dois consórcios operacionais.

O pedido urgente da federação é que as autoridades “busquem uma solução efetiva e permanente para o financiamento do transporte público, encontrando um novo modelo que não seja baseado apenas no passageiro pagante e que possa compensar as altas expressivas e sucessivas dos custos de operação, que podem comprometer a prestação do serviço público e afetar negativamente toda a população, em especial os mais vulneráveis”.

Gustavo Maia – Veja