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Soja

Cotações da soja seguem em alta na Bolsa de Chicago


O Presente Rural - 12 dez 2022 - 09:26

No dia da divulgação do relatório mensal de oferta de demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) as cotações da soja na Bolsa de Chicago iniciam o dia na sexta-feira (09) subindo de 4 a 5,25 pontos, já operando na casa dos US$ 15,00 por bushel. Ao longo da semana o mercado da soja operou em campos positivos com as cotações subindo e atingindo o patamar dos US$ 15,00 na CBOT. Entre os derivados, óleos e farelo as altas também seguem.

Nos últimos sete dias, segundo a apuração da Agrinvest Commodities, os anúncios de vendas pelo USDA tiveram grandes negociações de soja, e grande parte delas teve a China como principal destino. O USDA informou uma venda de soja para o país asiático de 130 mil toneladas na última segunda-feira (05). Já na terça-feira (06) houve mais uma venda de 504 mil, desse total, 264 mil foram para a China e 240 mil para destinos não revelados. Durante a última quinta-feira (08) teve novas negociações do USDA para China e demais destinos de 836 mil toneladas. Foram 118 mil toneladas para a nação asiática e 718 mil para destinos não revelados, o que o mercado especula também ser a China. O volume é todo da safra 2022/23.

“Todas essas vendas para os Estados Unidos (EUA) afloraram ainda mais o mercado. Diante disso, os números de exportação da soja indicaram altas além das expectativas. Além da boa demanda para exportação nos EUA, a semana de altas no mercado da soja e derivados em Chicago se deu também por conta do clima muito adverso na Argentina, até porque o país é o maior exportador global não só de farelo, mas também de óleo de soja”, avalia a analista da Tarken, Dalila Bié.

O mercado segue focado na situação climática da Argentina, que apresenta sinais preocupantes devido à seca, de acordo com estudos, prevê-se que nos próximos 10 dias o país deverá ser o lugar mais quente do mundo, apresentando temperaturas acima dos 45ºC, e as perdas na soja serão inevitáveis. Afinal, o plantio, que já é o pior nos últimos 20 anos, está parado em muitas áreas e a melhor janela está se perdendo.

Ademais, permanecem as atenções também voltadas a China e o relaxamento das medidas de contenção da Covid-19. “Além também de ser necessário continuar observando a comercialização da soja na Argentina, com uma nova rodada do câmbio específico para a oleaginosa valendo desde 28 de novembro e com vigência até o dia 31 de dezembro”, pontua Dalila.

No Brasil, as condições climáticas se apresentam melhores, com a incidência de chuvas em quase todo o território, mesmo que apresentando menores volumes no sul. As precipitações estão apresentadas de forma irregular, trazendo também essa irregularidade para a safra, mas sem maiores preocupações.