PUBLICIDADE
wide_generico wide_generico
Matérias-primas alternativas

Árvore australiana é a oleaginosa alternativa da vez para o biodiesel


BiodieselBR.com - 27 jan 2012 - 07:31 - Última atualização em: 27 fev 2012 - 00:35
Pongamia pinnata, guarde bem esse nome. Embora com algum atraso, essa árvore nativa do sudeste asiático e Austrália vem rapidamente conquistando a simpatia de quem está a procura de oleaginosas alternativas para abastecer a indústria do biodiesel. O principal trunfo da variedade frente a outros concorrentes é o elevado teor de óleo de suas sementes que pode chegar a até 40%.

Segundo uma descrição da planta feita pelo Departamento Agricultura da Universidade Purdue, a produtividade por hectare varia tremendamente indo de 900 a 9000 quilos de sementes por hectare. Considerando o valor mais elevado, a produção anual de óleo poderia chega a 3.600 quilos.

Quem está apostando nessa novidade é a indústria de biodiesel dos Estados Unidos que, apesar do futuro incerto, está saindo embalada de 2011. Empresas de biotecnologia norte-americanas estão começando a testar com seriedade o potencial produtivo da pongamia e sua capacidade de adaptação ao clima dos Estados Unidos.

“A Pongamia tolera solos salinos e alcalinos, resiste a condições climáticas difíceis e é um das raras árvores fixadoras de nitrogênio a produzir sementes com 30% a 40% de óleo”, diz Tom Schenk. Ele implantou uma área de testes com cerca de 30 mil pés de pongamia em sua fazenda no estado norte-americano do Texas e é diretor da TerViva BioEnergy, uma startup cuja missão é desenvolver variedades comerciais da oleaginosa. “Embora ainda estejamos nos estágios iniciais de pesquisa aqui no Texas, estamos empolgados com os resultados”, completa.

Segundo o pioneiro, a pongamia tem um ponto a seu favor por ser uma lavoura de fácil mecanização. As colheitadeiras usadas nos plantios de nozes e as descascadoras de amendoim podem ser usadas quase sem adaptações. Além disso, a torta produzida pelo esmagamento dos frutos é atóxica e tem grande teor de nitrogênio, o que permite seu aproveitamento como fertilizante natural para solos ou ração animal.

Por se tratar de uma planta que fixa nitrogênio ao solo, nos primeiros anos é possível consorciar os pomares com outras variedades agrícolas, o que facilita o processo de implantação das lavouras. A árvore leva entre 4 e 5 anos antes de atingir maturidade comercial, mas se mantém produtiva por mais de 50 anos.



Mais informações sobre a planta:
Purdue Universtity
US Department of Agriculture

Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com

Com informações de agências internacionais
Fotos de plj.johnny e 加菲老爺