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Girassol

Mercado do girassol está crescendo no Brasil, diz pesquisador da Embrapa


Embrapa Agroenergia - 20 jul 2012 - 09:49
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A perspectiva do cultivo do girassol no Brasil foi tema de painel na manhã do último dia do II Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, que acontece em Guarapari/ES.

O pesquisador da Embrapa Soja, César de Castro, abriu o painel com uma visão geral do avanço do girassol no Brasil e o mercado de óleos, tanto para biodiesel quanto para alimentação, que depende da qualidade do óleo e do valor de mercado. “No momento, devido à maior produção de soja, os óleos mais nobres estão sendo direcionados para a indústria alimentícia, como é o caso do girassol e da canola”, salienta Castro.

Em função de se encaixar perfeitamente ao sistema de produção já utilizado para culturas que compõem o sistema, no caso a soja e o milho, a cultura do girassol está aumentando sua área de produção no Centro-oeste, com destaque para o Mato Grosso, que é o maior produtor. Atualmente, já tem produtores conseguindo produtividade com mais de 2.400 kg/ha. Isto se deve também à maior disponibilidade de híbridos disponíveis no mercado e do interesse de empresas de sementes e de insumos.

A Embrapa Soja, que coordena a rede nacional de pesquisa, lançou, em 2011, três híbridos e uma variedade. Os híbridos têm características agronômicas bastante parecidas com os existentes no mercado, com consequente aumento de área com a participação da Embrapa no mercado de sementes.

Atualmente, o Brasil cultiva aproximadamente 80 mil hectares, área que, em função do sucesso das áreas de cultivo, tem grande perspectiva de aumento, principalmente para o Mato Grosso e Goiás, disse Castro.

Em relação ao Nordeste, Ivênio Oliveira, pesquisador da Embrapa, destacou o papel da pesquisa e da transferência para incrementar um sistema de produção com foco na agricultura familiar. “Já se tem as cultivares recomendadas para esta região e lavouras implantadas na Bahia, Sergipe, Ceará, Rio Grande do Norte, com área em torno de 10 mil hectares”, destaca  Oliveira.

 O trabalho é coordenado pela Embrapa Tabuleiros Costeiros, atendendo às demandas dos agricultores e das usinas de biodiesel. Dentre outras atividades, uma das principais envolve o cultivo consorciado com as culturas tradicionais da região, como feijão e milho com girassol, com ganhos para o sistema e para os agricultores.

“As principais tecnologias para produção de girassol já estão disponíveis. Entretanto, precisamos ampliar o sistema de transferência de tecnologia”, enfatiza César de Castro. A Embrapa Soja coordena o projeto Rede Biodiesel, financiado pela Petrobrás, que envolve além do girassol, outras oleaginosas de interesse para a produção de óleos que podem ser utilizados para alimentação e para biocombustível. Mais informações sobre o projeto no site www.redebiodiesel.com.br.

Os eventos contam com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Banco do Nordeste, Fundaçao de Apoio a Pesquisa do Espirito Santo, Senar e Petrobrás Biocombustível.

Daniela Garcia Collares
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