Impulsionado por soja, preço do óleo de palma bate recorde
Os preços internacionais do óleo de palma atingiram ontem um patamar recorde, na esteira da guinada dos óleos vegetais, impulsionados por temores relacionados à produção de soja na América do Sul, castigada pela estiagem.
Erin Fitzpatrick, analista do Rabobank, disse que a extensão dos danos na região tornou-se mais evidente com o avanço da colheita da oleaginosa no Sul do Brasil. "Estamos vendo cada vez mais evidências de perda de produtividade na América do Sul”.
Na bolsa de Chicago, os contratos de soja para maio atingiram o maior valor em seis meses, a US$ 13,8850 por bushel. Na bolsa do Canadá, os preços do óleo a partir da canola foi o maior nos últimos 13 meses — US$ 614,82 por tonelada. Em Paris, a cotação da canola chegou a US$ 657,9 por tonelada, maior nível em 10 meses.
A produção global de oleaginosas deve ser até 9 milhões de toneladas menor neste ano. Já a demanda deve crescer cerca de 12 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA.
Milho e soja costumam competir por área nos Estados Unidos. Se os produtores optarem pelo milho, como preveem alguns analistas, a oferta e o estoque de soja na safra 2012/13 estarão reduzidos. A mesma situação pode acontecer na China, país que responde por 62% das importações mundiais de soja.
Traduzido e publicado por Valor Econômico