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RN: descrédito com a mamona


Tribuna do Norte - 18 jul 2008 - 05:47 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:06

A escassez de chuvas e o descrédito da mamona fizeram a produção de grãos do Rio Grande do Norte registrar queda de 38,6% em 2007, de acordo com dados divulgados ontem pela representação estadual do IBGE. Porém, com o forte período chuvoso deste ano, as previsões  são de crescimento de até 63%.

De acordo com os números do IBGE RN, a produção de grãos (cereais, leguminosas e oleaginosas) do estado foi de 72,5 mil toneladas, 45,6 mil toneladas a menos do que o registrado em 2006 e o menor volume desde 2001. A maior redução foi na produção de mamona (-83,3%).

Segundo o IBGE RN, a falta de boas chuvas foi o motivo da queda da maior parte dos produtos.

Em relação à mamona, o engenheiro agrônomo do IBGE RN Tarcísio Soares explica que o cultivo dela está em decadência no estado. Ele conta que os produtores estão desestimulados, devido a problemas na comercialização da oleaginosa a partir de 2004, quando a produção começou visando o consumo da Petrobras. Houve problemas de documentação com as cooperativas que venderiam a mamona e depois o preço pago não foi o esperado. Para ele, o plantio de mamona deverá minguar até praticamente desaparecer, principalmente porque agora está sendo estimulada a produção de girassol, também útil ao biodiesel. “A imagem da mamona está muito afetada. Os produtores só voltariam a investir nela se houvesse algo muito seguro, um pagamento muito bom e antecipado”, avalia.