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mamona

CE: agricultores firmam parceria estrangeira


Diário do Nordeste - CE - 25 fev 2008 - 06:22 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:23

Cento e onze agricultores familiares vão cultivar cerca de 400 hectares de mamona nos municípios de Nova Jaguaribara e Alto Santo, a partir de um convênio firmado com a empresa SuperVerde, grupo internacional que pretende investir 45 milhões de euros em fontes de energias renováveis na região Nordeste. O convênio garante, entre outros benefícios para os agricultores, sementes, assistência técnica, financiamento para aquisição de biodiesel para máquinas agrícolas e compra da produção (por R$ 0,75 o quilo de mamona). Também participam do projeto cinco associações de pequenos produtores da região, as prefeituras dos municípios citados, além da Ematerce e Instituto Agropólos.

Na avaliação do agricultor Francisco Ubirajara, do sítio Jaburu, em Jaguaribara, as condições pactuadas com a SuperVerde e demais parceiros envolvidos no projeto são muito favoráveis aos produtores rurais, especialmente a fixação antecipada do preço do quilo da mamona. “Isso nos dá segurança para investir no plantio. Sabemos que não há possibilidade do preço recuar mais adiante”, explica. Ubirajara revela que vai cultivar inicialmente três hectares, “mas se as boas expectativas se confirmarem a tendência é que o cultivo se expanda para mais de 20 hectares em 2009”.

Segundo o presidente do Assentamento Rural de Barra 2, José Vidal Maia, é crescente o interesse dos agricultores para se integrar à parceria com a SuperVerde. “Houve tempo suficiente para apenas 13 dos nossos 36 associados aderirem a essa primeira fase projeto, por que alguns já tinham iniciado o plantio de outros produtos ou criam gado. Mas se tudo der certo, no próximo ano os demais associados vão experimentar o cultivo da mamona”, observa José Maia.

Ele considera que são grandes as possibilidades de a parceria prosperar, pois, além das facilidades oferecidas pela SuperVerde, os pequenos produtores poderão usufruir de um incentivo financeiro do governo estadual de R$ 150 por hectare de mamona cultivado (até o limite máximo de três hectares, ou seja: teto de R$ 450 por propriedade rural familiar). “Outra vantagem é que a mamona é mais resistente que o milho e o feijão à falta de água”, enfatiza. A SuperVerde pretende cultivar 60 mil hectares de oleaginosas.