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Plantio de mamona tem ligeiro aumento em MG


BiodieselBR.com - 26 mai 2009 - 13:50 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:08

A produção mineira de mamona deve alcançar, na safra 2009/2010, um aumento de cerca de 9%. Serão colhidas quase 10 mil toneladas, na comparação com as 9 mil toneladas registradas no período anterior, de acordo com o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os números são motivados principalmente pela perspectiva de vendas cada vez maiores para a indústria de biodiesel, que já mistura o óleo ao combustível na proporção de 4% e deverá aumentar para 5% dentro de quatro anos.

Segundo a Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura, enquanto Minas Gerais apresenta mais um período com dados positivos para a produção de mamona, a colheita da oleaginosa no país aponta para retração superior a 20%. “O Brasil deve colher cerca de 92,8 mil toneladas de mamona em 2009, na comparação com as 120,5 mil toneladas do ano passado”, observa o superintendente João Ricardo Albanez, com base nos dados do IBGE. Está prevista também uma diminuição da área colhida no país, enquanto o estado deve registrar aumento.

Albanez considera de fundamental importância para o crescimento da produção em Minas o estímulo aos agricultores do Norte do estado, que responderam na safra passada por uma participação de 88,1%, ou quase 8,7 mil toneladas. Para o superintendente, o volume de produção aumentou com a perspectiva de implantação de projetos voltados para o biodiesel em terras mineiras. “Isso se tornou realidade por meio da parceria da Emater-MG com a Petrobras Biocombustíveis, que implantou a Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro, em Montes Claros”, diz.

Os plantios para atender à usina, em 2008, foram da ordem de 6,4 mil hectares, sendo aproximadamente 80% de mamona e o restante de girassol, além de uma parcela de coco de macaúba. A duração de cada contrato é de cinco anos e inclui a garantia de preço mínimo negociado antecipadamente com as associações e cooperativas. Além disso, a usina se compromete a fornecer as sementes das oleaginosas e o transporte da safra.

De acordo com o coordenador do Programa de Biodiesel na Emater-MG, Jader Murta, a empresa iniciou os trabalhos de acompanhamento direto aos produtores com uma equipe de 90 técnicos. No grupo há 72 extensionistas de campo, que fazem o cadastro dos agricultores e orientam a produção. Murta informa que os produtores recebem, atualmente, cerca de R$ 0,96 por quilo de mamona colocada na usina. “A Petrobras compra o produto em bagas, faz a limpeza, descasca, esmaga e assim consegue o óleo bruto, que em seguida é vendido em leilão para as refinarias”, afirma. A etapa seguinte é a mistura do material com o óleo diesel. Segundo o coordenador, os resíduos de mamona também dão lucro para a usina, porque são vendidos como adubo de excelente qualidade. “O material pode ser utilizado nos cultivos em geral, e tem a preferência dos produtores de banana”, completa.

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