Petrobrás quer produzir biodiesel com até 30% de mamona
O ex-ministro de Desenvolvimento Agrário e atual diretor de produção da Petrobrás Biocombustível, Miguel Rossetto, abriu hoje (5) os trabalhos do primeiro dia do III Congresso Brasileiro de Mamona - Energia e Ricinoquímica que acontece em Salvador até a próxima quinta-feira (7). Segundo o executivo, a meta do novo braço da Petrobras é produzir biodiesel com até 30% de mamona, com base na produção familiar.
Para isso, a empresa pretende estimular o associativismo e o cooperativismo entre os pequenos produtores. O III Congresso Brasileiro de Mamona tem à frente a Embrapa e o Governo do Estado da Bahia/ Seagri. Uma média de 500 pessoas por dia deve participar do evento, que congrega todos os elos da cadeia produtiva da mamona.
"Tenho grandes expectativas para o Congresso, como difusor de tecnologias e fórum de discussões, assim como para a mamona, uma oleaginosa com muitos diferenciais competitivos", afirmou Rossetto.
A estratégia da empresa, segundo Rossetto, é estimular o associativismo e o cooperativismo entre os fornecedores da matéria-prima para garantir a produção em escala. "Queremos estabelecer com esses produtores uma relação de longo prazo, econômicamente justa, social e ambientalmente correta", afirma. Cada unidade da Petrobras Biocombustível estará ligada a, aproximadamente, 20 mil produtores que podem, a depender da área plantada e da produtividade, alcançar uma renda média de R$1,5 mil mensais, cada. No processo produtivo, a Petrobras fornece a semente e garante a compra. O preço pago está em torno de R$0,88 o quilo.
A programação do III Congresso Brasileiro de Mamona inclui uma série de atividades simultâneas, como painéis, mini-cursos e mesas-redondas, além da área de exposição, com estandes de entidades de pesquisas.