A União Européia convidou na quarta-feira o Brasil para participar de um pequeno grupo de parceiros estratégicos, o que líderes europeus esperam que ajude a revigorar as negociações comerciais globais, nas quais o Brasil tem um papel essencial.
Com essa parceria, o Brasil se equipara a outros grandes países emergentes --China, Rússia e Índia-- e permite ao país retomar uma parceria histórica com a Europa, segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A parceria foi definida na primeira cúpula realizada por Portugal na presidência rotativa da UE, que o país ocupa desde domingo. Lisboa promete usar esse período para ampliar os laços com suas ex-colônias.
"Como sou um homem de fé, acredito que esta parceria UE-Brasil vai ajudar que coisas que pareciam difíceis ontem não sejam mais difíceis amanhã", disse Lula a jornalistas. "Este acordo é do interesse de toda a América do Sul e do Mercosul" disse o presidente, acrescentando que abre caminho para um acordo comercial entre os blocos sul-americano e o europeu.
Pelo acordo, haverá cúpulas anuais entre UE e Brasil para tratar de questões como mudança climática e energia renovável, como o biodiesel, do qual o Brasil é um importante produtor.