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Energia

China criará depósitos gigantes para fazer reservas de petróleo


Agência EFE - 20 out 2006 - 21:31 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:22

A China, o segundo maior consumidor de energia do mundo, criará depósitos gigantes em que fará reservas de petróleo para garantir o fornecimento da commodity.

Segundo a PVM, uma empresa de consultoria do mercado petroleiro em Viena, o primeiro destes complexos de reservas foi concluído em Zhenhai, na região litorânea de Zhejiang, e começou a ser enchido com combustível para prevenir um possível colapso do fornecimento de petróleo.

Este complexo consta de 16 enormes tanques de petróleo e é a primeira de quatro instalações deste tipo que serão construídas na China até 2008 para garantir as reservas de carburantes.

Os analistas da PVM indicam que a China se transformou no segundo importador de petróleo do mundo, atrás apenas dos EUA.

Já que a maioria das importações chinesas de petróleo procede de áreas consideradas instáveis, como o Oriente Médio, a decisão de Pequim de acumular reservas de petróleo parece ter muito sentido.

No entanto, esta decisão poderia elevar ainda mais os preços da commodity, segundo analistas.

A PVM calculou que, se a China quiser cumprir a meta de encher estas instalações de reservas em um prazo de cinco anos, precisará de uma provisão diária de 56 mil barris, um número insignificante se comparado com a demanda de 8,18 mbd prevista para este mesmo período.

Mas este dado se torna mais relevante se for levado em conta que o crescimento da demanda nos próximos cinco anos rondará os 390 mil barris diários, o que significa que a acumulação de reservas representará 14% do aumento de sua demanda de petróleo.

Segundo a PVM, até agora, a acumulação de reservas estratégicas de petróleo tinha sido historicamente exclusiva dos países industrializados que podiam se permitir o luxo de ter estoques para se proteger de problemas no fornecimento.

No entanto, a necessidade de garantir o fornecimento do petróleo cresceu cada vez mais nos últimos anos e os países asiáticos em desenvolvimento começaram se interessar mais por estes projetos, como China, Índia e Paquistão.