Zoneamento auxilia na produção de biodiesel
O coordenador de Agroenergia da Secretaria de Produção e Agroenergia, Frederique Rosa e Abreu, do Ministério da Agricultura, estimou hoje que cerca de 90% da matéria-prima utilizada no biodiesel é proveniente do óleo de soja. O restante, 10%, vem do algodão, amendoim, palma de dendê, gergelim, girassol, mamona, canola e sebo ou gordura animal. A partir de 1º de julho, entrará em vigor a obrigatoriedade da adição de 3% de biodiesel ao óleo diesel comercializado no Brasil, a mistura conhecida como B3. A obrigatoriedade passou a vigorar em 1º de janeiro deste ano, em percentual de 2% de biodiesel.
Em nota, o Ministério da Agricultura informou que a Secretaria de Política Agrícola vem fazendo o zoneamento agrícola de risco climático das oleaginosas destinadas ao Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB). As oleaginosas contempladas são algodão, amendoim, canola, dendê, gergelim, girassol, mamona e soja. Os zoneamentos estão sendo divulgados pelo Departamento de Gestão de Risco Rural em portarias publicadas no Diário Oficial da União à medida que a metodologia de risco seja concluída pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pelas instituições públicas de pesquisa.
Desde 1996, já existe o zoneamento para as lavouras de algodão, soja e mamona. Os técnicos têm estudos para ampliar este trabalho para outros Estados, como é o caso do algodão em Rondônia e da mamona, que, além da região Nordeste, foi ampliado para todos os Estados da região Centro-Sul na safra 2007 e, futuramente, Pará e Rondônia. Há também o caso da soja nos Estados da região Norte, menos Tocantins, já concluído.
Serão finalizados ainda neste ano, os zoneamentos para a canola na região Sul, dendê nos Estados do Maranhão e Piauí e girassol no Rio Grande do Norte. As informações do zoneamento de risco climático especificam os tipos de solos, as cultivares e os períodos mais indicados para o plantio, bem como a relação dos municípios considerados aptos ao cultivo em cada Estado.
Fabíola Salvador