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Venda de soja recua, e produtor avalia mercado


Folha de S. Paulo - 20 ago 2010 - 06:18 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:14

Após o ritmo forte de comercialização no final de julho e no início deste mês, os produtores de soja avaliam com mais cautela o mercado. Os negócios efetuados são poucos, tanto no mercado físico como no futuro.

Há duas semanas, ocorreu forte pressão nos preços das commodities nos mercados internacionais devido à seca na Rússia e à maior presença dos fundos nas negociações agrícolas.

A soja seguiu o mercado, e o primeiro contrato subiu para US$ 10,60 (R$ 18,62) por bushel (27,2 kg) na primeira semana na Bolsa de Chicago. Ontem, ficou em US$ 10,20.

Em Rondonópolis (MT), os produtores que optaram por vendas futuras obtinham US$ 18,80 por saca de soja na quarta-feira.

Ontem, os preços estavam em US$ 18,60, segundo acompanhamento de Rodrigo Nunes, analista da AgRural de Cuiabá (MT).

Nas vendas futuras, produtor e trading acertam o valor da soja a ser entregue em fevereiro de 2011. Esse valor pode ser determinado em reais ou em dólares.

Em Sorriso, outra cidade de Mato Grosso -o principal Estado produtor de soja- , a saca estava ontem a US$ 16,50, abaixo dos US$ 17,60 de Sapezal, também no mesmo Estado.

Já no sudoeste de Goiás, a saca de soja convencional era negociada a US$ 19 ontem. Na semana passada, atingiu US$ 20.

Os negócios são poucos porque os produtores estão à espera de preços melhores, diz Nunes. Além disso, alguns já conseguiram cobrir parte dos custos e podem esperar mais para efetuar a comercialização.

No porto paranaense de Paranaguá, a soja foi negociada ontem a R$ 44 por saca, enquanto, em Cascavel, o produto estava a R$ 40 no disponível, para pagamento neste mês.

A recuperação de preços da soja nas últimas semanas fez com que 26% da oleaginosa a ser colhida na safra 2010/11 já tenha sido comercializada, segundo Otávio Celidonio, superintendente do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).

Pesca
A produção brasileira de pescado atingiu 1,24 milhão de toneladas no ano passado. Nos últimos dois anos, a alta acumulada é de 16%, segundo dados do Ministério da Pesca e Aquicultura. A evolução da aquicultura foi de 44% no período.

Vendas
Os leilões de milho já permitiram a venda de 7 milhões de toneladas do produto em Mato Grosso. A participação do governo no mercado faz com que a comercialização deste ano já atinja 79%, bem acima dos 34% de igual período do ano passado.

Algodão
Os dados da comercialização do milho são do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária). O Instituto apontou, ainda, que a colheita de algodão avança no Estado -90,5% já foram colhidos.

Preços
A boa demanda externa sustenta os preços do algodão interna e externamente. Em Nova York, a alta acumulada chega a 12% nos últimos 30 dias.

Restritas
A oferta de gado está restrita. Com isso, os preços se mantêm aquecidos. Pesquisa da Folha indicou que a arroba atingia R$ 80 ontem em algumas regiões de negociação. Há frigoríficos que oferecem preços inferiores a esses.

Preciosos
Os juros pouco atrativos no mercado internacional fazem com que os metais preciosos ganhem a preferência de investidores.

Mauro Zalafon
Com KARLA DOMINGUES

Tags: Soja