Senador pede à Petrobras usina de biodiesel na Paraíba
Em pronunciamento nesta segunda-feira (24), o senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) elogiou o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, mas lamentou que até o presente momento nenhuma unidade de produção do combustível tenha sido construída na Paraíba, em que pesem as condições favoráveis locais e a necessidade de geração de emprego e renda.
Roberto Cavalcanti lembrou que em abril passado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou a terceira unidade de produção de biodiesel da Petrobras em Montes Claros (MG). As outras duas foram instaladas em Candeias (BA) e em Quixadá (CE), cumprindo com a finalidade do programa relacionada à geração de renda e emprego.
O senador ressaltou que a promessa de construção de uma usina de biodiesel na Paraíba foi reiterada pelo presidente Lula em visita ao estado, no último dia 28, mas observou que a Petrobras ainda não se manifestou a respeito do empreendimento.
Roberto Cavalcanti assinalou ainda que a construção de uma usina para a produção de biodiesel já foi reivindicada pela Assembléia Legislativa da Paraíba por meio de moção também assinada pelo senador e encaminhada ao ministro de Minas e Energia, o senador licenciado Edson Lobão.
O senador disse que algumas razões justificam a instalação de uma usina de biodiesel na Paraíba, entre elas a de que o estado é um dos que apresentam um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, exigindo uma política de geração de emprego e renda de caráter permanente. O índice é calculado com base em indicadores de riqueza, educação e expectativa média de vida.
No que diz respeito às condições para a implantação da usina, Roberto Cavalcanti destacou que a Paraíba apresenta condições competitivas para o plantio de oleaginosas, em particular a mamoneira, em uma área que abrange 52 municípios, de acordo com o Centro Nacional de Pesquisa do Algodão (CNPA) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
A Paraíba também tem se destacado na pesquisa envolvendo a caracterização físico-química e a definição do potencial genético do biodiesel da mamona, soja, babaçu, dendê, algodão e girassol. Além disso, afirmou Roberto Cavalcanti, pesquisas relacionadas ao cultivo de mamona e à produção de biodiesel têm sido desenvolvidas com sucesso nos cursos de Engenharia Agrícola e de Química da Universidade Federal de Campina Grande e na Embrapa.
Outro aspecto que favorece a criação da usina de biodiesel, na avaliação de Roberto Cavalcanti, é o fato de o governo federal "estar em dívida" com a Paraíba, tendo em vista que o estado foi excluído do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e não conta com nenhum grande projeto estruturante local.