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O príncipe Albert, de Mônaco, quer que o Grande Prêmio de Fórmula 1 disputado no principado utilize apenas biocombustíveis, realizando uma mudança que, na opinião dele, ajudará a imagem da modalidade esportiva e limitará a emissão de gases do efeito estufa.

O príncipe também afirmou, em entrevista à Reuters, que membros da família dele em todo o mundo envolviam-se cada vez mais com as campanhas para conscientizar os cidadãos sobre a necessidade de combater as mudanças climáticas, e isso, em parte, pelo fato de as provas científicas sobre o aquecimento global haverem se tornado mais robustas.

- Todos podemos contribuir; essa é a mensagem mais importante, afirmou o príncipe a respeito dos esforços para combater o aquecimento global e evitar a intensificação de fenômenos como as ondas de calor, as enchentes, as secas e a elevação dos oceanos.

- A Fórmula 1 terá de recorrer em breve às fontes alternativas de energia, afirmou, durante uma conferência da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), realizada em Barcelona.

- Se quiserem ter algum nível de credibilidade, eles terão de seguir as tendências atuais, a respeito das energias mais limpas, disse o príncipe, referindo-se à Fórmula 1. Atualmente, os carros da categoria podem queimar o equivalente a 1 litro de combustível fóssil por quilômetro.

Questionado sobre se desejava que os motores funcionassem exclusivamente com combustíveis alternativos, o príncipe Albert respondeu: - Esse é o nosso objetivo. Isso levará algum tempo, mas tenho certeza de que atingiremos essa meta.

Segundo o príncipe, quando defendia a luta contra as mudanças climáticas, algumas pessoas lhe perguntavam: - Como você pode falar dessas coisas tendo um GP de Fórmula 1 no seu quintal?.

O Grande Prêmio de Mônaco ocorre dentro do principado de 1.968 quilômetro quadrado.

Os organizadores da categoria deveriam assumir - um papel de liderança - quanto à transformação dos carros, afirmou. A partir de 2008, ao menos 5,75 por cento do combustível usado na Fórmula 1 deverão vir de materiais biológicos.

A entidade que controla a categoria afirmou em julho que a Fórmula 1 "tornava-se insustentável" e pediu às equipes que elaborem novas regras capazes de diminuir os custos e cortar pela metade o consumo de combustível até 2015.

Nos dias do Grande Prêmio, Mônaco contribuiu de alguma forma restringindo o acesso de carros ao local da prova — 80 por cento dos espectadores chegam à pista de trem. - E isso funcionou bastante bem, afirmou o príncipe Albert.

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