Governo do PR e Copel firmam parceria para biodiesel
A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e a Companhia Paranaense de Energia (Copel) firmaram uma parceria para entrar no setor de biodiesel. Em reunião realizada na Emater-PR, com a presença do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, e do superintendente da Copel, Francisco Oliveira, foi discutida a instalação de uma mini-usina piloto no Sudoeste do Paraná.
A mini-usina, a primeira da Copel, terá capacidade de produção de 10 mil litros de biodiesel por dia. O empreendimento está sendo definido com a participação efetiva dos agricultores familiares da região Sudoeste, que fornecerão os grãos para processamento. O projeto deverá ser implantado até o segundo semestre deste ano e vai beneficiar 7.500 pequenos agricultores, associados às cooperativas de agricultura familiar da região.
Além da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e Copel, participaram da reunião representantes do Instituto Emater de Extensão Rural, Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Lactec e agricultores dos sistemas de Cooperativas de Produtores de Leite da Agricultura Familiar (Claf) e Cooperativa de Produção e Comercialização da Agricultura Familiar (Coopaf).
Segundo Bianchini, o Governo do Estado está com uma expectativa grande de viabilização desse projeto, porque além de ser uma nova alternativa de renda para o agricultor familiar é uma oportunidade de diversificação da produção. “A escolha da região Sudoeste foi estratégica porque é lá que os agricultores familiares estão mais organizados, o que representa grandes chances de sucesso para o projeto”, disse.
Para o superintendente da Copel, o sucesso desse empreendimento certamente irá gerar mais investimentos da empresa em outras plantas industriais no Paraná. Ele enfatizou que a recomendação do governador Roberto Requião é inserir os agricultores familiares como fornecedores de grãos. A Copel pretende adquirir a matéria-prima regional como soja, girassol, nabo forrageiro e canola, entre outros. Posteriormente prevê-se o processamento de grãos como mamona, tungue, pinhão-manso, cártamo e amendoim.
Como será um empreendimento piloto, a produção de biodiesel da mini-usina será destinada ao consumo da Copel e dos produtores rurais, que também poderão utilizar o sub-produto gerado pelo processamento de soja, que é ração animal. “O desafio será obter a viabilidade econômica de uma produção de pequena escala de esmagamento”, diz Richardson de Souza, responsável pelo setor de biodiesel na Secretaria da Agricultura.