Falta de investimento dificulta pesquisa sobre biodiesel na Ufac
A pesquisa sobre o biodiesel no Acre começou em 2004 por meio de um projeto da pesquisadora Anelise Maria Regiani, doutora em Química e professora da Universidade Federal do Acre. Apesar de ter conquistado parcerias importantes, a produção do biodiesel no estado ainda depende de muitos investimos para se efetivar na prática. Elaborado pelo Departamento de Química da Ufac, o projeto contou com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. Com o interesse do governo federal pela pesquisa, instituições importantes como Embrapa, Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), Eletronorte e Eletrobrás, aderiram à proposta.
O problema é que a pesquisa acabou sendo desmembrada e com isso não evoluiu como o esperado. Hoje, a Ufac analisa o potencial extrativista de frutos florestais oleaginosos como: a andiroba de rama, o ouricuri, o buriti e o tucumã. Enquanto a Embrapa pesquisa a parte de plantas que podem ser cultivadas para produção do biocombustível, a Funtac se concentrou na parte de montagem de um pequeno laboratório para experiências. Por outro lado, a Eletronorte e a Eletrobrás estão desenvolvendo suas próprias pesquisas.
Segundo a pesquisadora Anelise Regiani, foi realizado um trabalho de catalogação botânica do que pode ser utilizado na produção de biodiesel. As pesquisas já mostraram que o buriti, o tucumã e a andiroba dão um biocombustível de qualidade, o que falta agora são investimentos que possibilitem melhorar a colheita, armazenagem e utilização dos frutos. A falta de investimentos dificulta o trabalho realizado pelo Departamento de Química da Ufac. Para a evolução das pesquisas, seria necessário a construção de um laboratório, que possa servir para os experimentos práticos e que possibilitem a colheita e armazenamento das oleaginosas.