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Embrapa identifica pinhão-manso atóxico


Embrapa Agroenergia - 15 jun 2011 - 13:22 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:16

A Embrapa Agroenergia (Brasília/DF) identifica variedade de pinhão-manso (Jatropha curcas) atóxica que pode ser utilizada na alimentação animal.

O pinhão-manso é uma espécie bastante pesquisada em todo o mundo pelo que apresenta como alternativa na produção de biodiesel. A torta, que é o resíduo da extração do óleo, não podia ser  usada na alimentação de animais devido à presença de substancia tóxicas. Com essa descoberta a torta dessa oleaginosa pode ser utilizada em rações, o que aumenta o potencial da cultura. “Para a cadeia do biodiesel ser sustentável nós precisamos utilizar todas as partes da planta, tanto o óleo quanto os resíduos gerados”, informa Mendonça.

As variedades atóxicas
Os projetos da Embrapa Agroenergia seguem duas linhas para viabilizar o uso da torta de pinhão-manso: encontrar materiais genéticos em que a toxina não esteja presente e usar processos industriais na destoxificação da torta. 

A variedade usada no experimento com os ovinos foi encontrada na avaliação dos materiais do Banco Ativo de Germoplasma (BAG), que fica na Embrapa Cerrados em Planaltina/DF. Essa avaliação foi realizada por meio de análises morfológicas e laboratoriais realizadas em materiais genéticos coletados diversas regiões brasileiras.

O engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Agroenergia, Bruno Laviola ressalta que a produtividade da variedade atóxica é baixa e está sendo trabalhada em processos de melhoramento genético tradicional, fazendo cruzamentos com materiais tóxicos de maior rendimento.

Pesquisa
A pesquisa com os testes da variedade de pinhão-manso desenvolvida pela Unidade, começa no campo experimental, passa pelo laboratório e termina na fazenda da Universidade de Brasília. É lá que animais selecionados foram submetidos aos testes com a nova ração alimentar. 

A torta produzida a partir da variedade atóxica foi usada na preparação de rações, com adição de 20, 40 e 60%, em substituição ao farelo de soja, que é o concentrado de referência como fonte protéica.  “O resultado desse experimento foi bastante animador. Os animais apresentaram ganhos de peso e qualidade de carcaça semelhantes aos obtidos com o concentrado de soja, comprovando a aceitação dos animais por esta nova mistura”, destaca Mendonça.