PUBLICIDADE
CREMER2025_novo CREMER2025_novo
Biodiesel

Piauí: Produtores vão receber sementes certificadas


Governo do Estado do Piauí - 05 set 2008 - 05:21 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:07

Uma parceria entre Governo do Piauí, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a empresa Brasil Ecodiesel, visando revitalizar a produção de mamona, vai permitir a distribuição de 15 mil quilos de sementes certificadas de mamona, oferecer assistência técnica e fazer a análise e correção de solo dos produtores que trabalham com a mamona no Semi-árido piauiense, nas regiões de Canto do Buriti e São Raimundo Nonato.

A primeira fase do trabalho será a distribuição das sementes que acontece em outubro, o passo seguinte será um trabalho de análise, correção de solo, distribuição de fertilizantes e assistência técnica. “A iniciativa visa reanimar os produtores e retomar esse processo de avanço da produção no Piauí. As sementes serão compradas pela Embrapa e distribuídas pelo Emater com o apoio da Fetag e outras ONGs”, explica o coordenador da Câmara Técnica de Biodiesel no Piauí, Sérgio Vilela.

Baseado na última safra, o número de famílias que trabalham com a mamona é de 620 em Canto do Buriti, na Fazenda Santa Clara, e mais 2 mil famílias na região de São Raimundo Nonato. No entanto, foi bem maior o numero de famílias que fizeram financiamento para investir no setor na última safra. “Em São Raimundo, por exemplo, tiraram empréstimo do Pronaf, 4 mil famílias. Dessas, duas mil não são agricultores e usaram o empréstimo em outras atividades, não plantaram a mamona”, explica o coordenador da Câmara Técnica destacando que a partir de agora a fiscalização será mais intensa.

Segundo Vilela, a proposta é oferecer apoio para que a tecnologia recomendada pela Embrapa seja adotada efetivamente. “Isso nunca foi feito antes. Primeiro não havia sementes certificadas de mamona. Agora os produtores vão poder aplicar o pacote tecnológico completo. O total é de 15 mil toneladas de sementes que dá em torno de 90 mil reais.

Atualmente, um dos problemas enfrentados no setor é que a mamona produzida em São Raimundo, segundo Sérgio Vilela, não é destinada somente para a produção de biodiesel, mas também para a indústria química, que paga melhor pelo produtor porque o produto final dela tem mais valor que o biodiesel. “A Brasil Ecodiesel, hoje, está pagando R$ 1 e eles estão pagando R$ 1,20. Por causa do preço uma grande parte da mamona está indo através de intermediários para a indústria química da Bahia. Eles compram na porta do produtor os sacos de mamona e levam para à Bahia”, explica.

Elza Muniz