Carro movido a biodiesel de chocolate
Uma empresa britânica encontrou uma forma inédita e ecologicamente correta de produzir biodiesel
Uma empresa britânica encontrou uma forma inédita e ecologicamente correta de produzir biodiesel. Um pote cheio de barras de chocolate, uma porção de metanol - também conhecido como álcool metílico - e uma pitada de hidróxido de potássio, a soda cáustica. Quando os dois últimos ingredientes estão bem mexidos, acrescenta-se o principal: o chocolate derretido. Depois, cozinha-se por 24 horas. A receita é surpreendente.
Ao girar a chave, o motor pega na hora. O carro, de 2 mil cilindradas, chega a percorrer oito quilômetros com um litro de biodiesel feito com restos de chocolate, material que as industrias de Preston, no interior da Inglaterra, costumavam vender para fábricas de ração animal ou simplesmente jogar fora. Potência sem poluir o meio ambiente.
É o tipo de carro que a gente dirige sem peso na consciência, digamos, ecológica. E nem pesa no bolso também. O litro do combustível feito de chocolate custa o equivalente a R$ 3,6, o que é 10% mais barato do que o óleo diesel na Grã-Bretanha. E o fabricante afirma que não é necessário fazer nenhuma adaptação no motor do veículo.
Para provar que é bom mesmo, o carro movido a chocolate fará uma expedição de 6 mil quilômetros: vai da Grã-Bretanha até o Mali, na África, passando pelo Deserto do Saara. Nesta viagem, vamos evitar o lançamento de, pelo menos, três toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, ressaltou o responsável pelo projeto.
O combustível já está à venda em escala comercial em Preston. Segundo os inventores do produto, até o fim de 2008, os 150 ônibus urbanos da cidade vão rodar movidos a chocolate.
A empresa acredita que a receita pode atrair consumidores no mundo inteiro. E, em vez de poços de petróleo, basta ter uma fábrica de chocolate por perto.