PUBLICIDADE
CREMER2025_novo CREMER2025_novo
Biodiesel

Biocombustível rende mais na AL, acredita Petrobras


Gazeta Mercantil - 01 jul 2008 - 05:21 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:06

O Brasil e a América Latina têm uma "vocação natural" para produzir biocombustíveis, afirmou ontem Ricardo Castello Branco, diretor da divisão de biocombustíveis da Petrobras.

"É preciso aproveitar as vantagens de algumas regiões, como Brasil e América Latina, que têm uma vocação natural para os biocombustíveis", recomendou Castello Branco em uma conferência no primeiro dia da 20 edição do Congresso Mundial de Petróleo, que está sendo realizado em Madri até quinta-feira.

Ricardo Castello Branco lembrou que "a América Latina tem a maior quantidade de terras disponíveis e de água para se cultivar e produzir etanol".

Além disso, "o Brasil pode aumentar consideravelmente sua capacidade de produção na agricultura", já que tem "90 milhões de hectares livres para cultivo", incluindo terras da selva amazônica, indicou.

Dentro do "importante papel" que podem ter os biocombustíveis na oferta energética mundial, Castello Branco propôs também "investir em tecnologia para a agricultura" com o objetivo de "obter mais produtividade no mesmo solo, com menos fertilizantes e pesticidas".

Castello Branco recomendou "maiores investimentos em tecnologia para biocombustíveis de segunda geração", que são os que são fabricados a partir de resíduos, seja de plantas ou alimentos ou outros produtos.

A empresa está atualmente "gerando as tecnologias para biocombustíveis de segunda geração", que produzirá nos próximos anos, indicou.

Os objetivos da Petrobras Biocombustíveis são investir até 2012 nesse setor US$ 1,5 bilhão, e para essa data produzir 938.000 m3/ano de biodiesel, 1.600.000 m3/ano de óleo vegetal, 4,76 milhões m3/ano de etanol para exportação e 365 megawats de energia elétrica.

No Brasil, 44% da energia produzida é renovável, segundo o diretor da Petrobras Biocombustíveis. No exterior, a empresa vê "a região asiática como um mercado potencial" e está "em negociações com o Japão para produzir etanol", indicou.