Biocombustível pode atingir 20% da matriz veicular neste ano, diz ANP
A participação dos biocombustíveis na matriz veicular brasileira atingiu 18,5% no primeiro semestre do ano e a expectativa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) é de que esse valor se aproxime dos 20% até o fim do ano, graças à implementação de 3% de biodiesel na mistura do óleo diesel no país e à trajetória de queda dos preços do álcool.
No primeiro semestre, o álcool anidro e o álcool hidratado responderam por 17,5% da matriz veicular no país, enquanto o biodiesel ficou com 1% do total. A liderança coube ao diesel, com 51,2%, seguido pela gasolina A (pura, sem mistura com álcool), com 26,1%. O Gás Natural Veicular (GNV) respondeu por outros 4,1%.
“Seguramente o consumo de álcool vai se aproximar dos 20% da matriz veicular este ano. Todas as variáveis apontam para isso, até porque não há cenário de aumento do preço do álcool e não há cenário de diminuição da oferta”, ponderou Edson Silva, superintendente de Abastecimento da ANP.
O superintendente ressaltou que a queda de preços do álcool ocorre paralelamente ao aumento de 27,2% das exportações do produto no primeiro semestre, para 1,968 bilhão de litros, contra 1,547 bilhão de litros nos primeiros seis meses do ano passado.
“Havia o temor de que o aumento das exportações poderia ter impacto nos preços do mercado interno, mas não é isso que está acontecendo”, contou Silva.