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Biodiesel

MS: Atraso em usina pode tirar benefícios da Brasil Ecodiesel


Correio do Estado - 20 nov 2007 - 08:45 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:23

A Brasil Ecodiesel corre o risco de perder uma área de nove hectares e outros incentivos dados pela Prefeitura de Dourados, caso não comece a tirar do papel a implantação da sua unidade no distrito de Vila Vargas, cujo cronograma está atrasado um ano, pelo projeto original.

A advertência foi feita pelo prefeito Laerte Tetila, em entrevista ao Correio do Estado, diante da excessiva demora de definição da construção da planta industrial para produzir biodiesel, lançada numa solenidade em dezembro do ano passado.

O prazo inicial para o início das obras venceu em junho, mas a prefeitura fez prorrogação por mais 90 dias. Porém, até o momento não há nenhuma movimentação na área. À época da apresentação da indústria, a diretoria da Brasil Ecodiesel informou que a inauguração ocorreria em dezembro de 2007.

Tetila confirmou que a indústria vem desrespeitando todos os prazos concedidos – inclusive o segundo, e que outros grupos empresariais estão interessados em se instalar na área, localizada em ponto privilegiado – às margens da BR-163, a 22 quilômetros de Dourados. Se não houver uma definição a curto prazo, a prefeitura irá rever o processo.

Essa mesma área foi cedida anteriormente para o laticínio de São Gabriel do Oeste que se comprometeu a implantar uma indústria para a produção de derivados de leite, mas o projeto acabou não avançando. Hoje o laticínio está se instalando em Glória de Dourados.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ilton Ribeiro, reconheceu que a Brasil Ecodiesel não está respeitando os prazos concedidos pelo município. "Ela já obteve a licença ambiental prévia junto ao Estado e espera outra de instalação. Mas estamos percebendo que o caso está em compasso de espera devido ao mercado da soja", acrescentou.

Inicialmente a direção do grupo justificou o atraso porque foi priorizado o funcionamento de outra usina de biodiesel de Rosário do Sul (RS). Agora, a Brasil Ecodiesel alegou ao secretário que, com os altos preços da soja (única matéria-prima disponível na região), seria inviável produzir o biocombustível, para compra pela Petrobras, que seria mais caro que o diesel.

A Brasil Ecodiesel previa que a unidade de Dourados teria capacidade para produzir em torno de 120 milhões de litros de biodiesel/ano, com investimento de R$ 33 milhões. Nenhum representante da empresa foi encontrado em Dourados para falar do projeto.

Cícero Faria