Piauí enfrenta desafios com o biodiesel

Atualmente, a produção de biodiesel no Piauí é de 90 milhões de litros por ano, mas ainda é insuficiente para atender a própria demanda piauiense. “A produção de biodiesel no Estado é feita na cidade de Floriano, na usina de biodiesel. A maior parte do biodiesel produzido hoje no Estado é feito de soja, que é produzida nos cerrados do Piauí. Junto a ela é feito um complemento com a mamona produzida na região de São Raimundo Nonato e Canto do Buriti”, explica o gerente de Relações Internacionais do Governo do Piauí, Sérgio Vilela.

Segundo Vilela, o aumento na obrigatoriedade do uso de biodiesel para 3% a partir de julho vai estimular a antecipação do B5 de 5% de biodiesel ao óleo diesel de 2013 para 2010. “Em função da produção brasileira que tem aumentado muito e não tem tido o mercado adequado para dá conta dessa oferta. O Governo está trabalhando para antecipar essa meta”, explica. “A exigência deverá ser atendida com facilidade no País, pois hoje as indústrias já produzem até um pouco mais que isso”, acrescenta.

“Como o preço do petróleo está disparado, quanto mais biodiesel misturarmos ao nosso diesel, menos petróleo vamos precisar usar. É bom para natureza, é bom para economia e para o povo em geral. A Agência Nacional de Petróleo já está fazendo leilões para comprar o biodiesel para poder distribuir nos postos e com isso garantir a oferta dos 3%”, explica.

Entretanto, o custo de transporte do biodiesel produzido no Piauí até chegar a refinaria tem se apresentado um dos principais desafios a serem superados devido a elevação do preço final do produto. “Hoje quem produz biodiesel no Piauí tem que entregar na refinaria da Petrobras em Mossoró, no Rio Grande do Norte, o que gera um custo muito alto e desigual com produtores como os da região do Rio Grande do Norte, que não têm nenhum custo com transporte. Em função disso, o Piauí tem sido prejudicado nos leilões da ANP, porque o custo de produção no Estado é mais alto que em outros lugares. A solução que está sento trabalhada é da Petrobras vir buscar o produto na refinaria de todas as empresas. Assim ninguém teria custo de transporte, que ficaria por conta da Petrobras e da ANP”, explica Sérgio Vilela.