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Biodiesel

Nutec pesquisa biodiesel de peixe


O Povo e Diário do Nordeste - CE - 01 jul 2009 - 06:50 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:09

Para produção de biodiesel são utilizados diversos tipos de insumos. Servem óleos vegetais extraídos da mamona, girassol, amendoim, algodão e gergelim; gordura animal e óleos e gorduras residuais. O Nutec, por meio do Laboratório de Referência em Biocombustíveis (Larbio), tem pesquisado a produção de biodiesel de gordura das vísceras de peixe e está gostando dos resultados. Já concluiu que é uma excelente matéria-prima para a diversificação de matriz energética.

“Precisamos desenvolver e implantar, de forma logísticamente viável, equipamentos e processos de extração desse insumo para produzir óleo refinado e suprir usinas de biodiesel no Nordeste”, afirma Ricardo de Albuquerque Mendes, diretor de Inovação Tecnológica do Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec).

“O peixe é composto 10% de vísceras, delas extraem-se 50% de óleo resultando na produção de 90% de biodiesel”, explica Mendes.

A propósito, o Castanhão, maior reservatório do Ceará, segundo o Nutec, tem capacidade para produzir 32 mil toneladas de tilápia por ano gerando 140 mil litros/ano de biodiesel, o que corresponde a 20% do potencial estimado para o Estado. O destino dos resíduos sólidos (vísceras) é um problema. Não há descarte ambientalmente adequado. Os resíduos são lançados no manancial, enterrados ou deixados sobre o solo da barragem do açude. Além de gordura, um subproduto será a farinha de peixe, podendo ser utilizada como aditivo agrícola e/ou ração animal.

Jocélio Leal -  O Povo e Diário do Nordeste