Novos potenciais energéticos a partir do babaçu
O coco babaçu, fruto típico da região amazônica brasileira, vem recebendo especial atenção de pesquisadores da UFMA para a produção de bioenergia. Pesquisas acerca da utilidade da amêndoa comprovam o seu bom desempenho na produção de biodiesel, porém nenhum tipo de estudo havia sido feito em relação ao restante do coco, correspondente ao epicarpo (celulose) e metacarpo (amido) do fruto.
Nos últimos quatro meses, entretanto, o Grupo de Combustíveis Alternativos da Universidade vem estudando a produção de bioetanol (etanol produzido a partir de biomassa) a partir da parte do babaçu que é descartada ou transformada em farinha pelas quebradeiras de coco. O estudo, que tem parceria da Embrapa, tem por objetivo o aproveitamento total do fruto, afim de não gerar resíduos no fim da produção e disponibilizar melhores condições rentáveis para as quebradeiras de coco do interior do Maranhão.
O projeto está ainda em sua etapa inicial, em que é desenvolvida a rota de produção a ser utilizada. Nesta fase, os pesquisadores buscam as melhores alternativas para a retirada da lignina presente no epicarpo a qual confere rigidez à celulose, impedindo a sua hidrólise química.