Ministro defende a mamona
O pinga-fogo deste domingo é com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. Eu conversei rapidamente com ele sobre o o impasse da mamona. Grande aposta do presidente Lula para alavancar a economia da agricultura familiar do Nordeste, o produto foi considerado inadequado para o biodiesel pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). E agora? O ministro, porém, garante que a Petrobras Biocombustível vai alavancar a economia da agricultura familiar no Norte e Nordeste. Dá uma olhada:
- A utilização da mamona era a grande aposta do governo para o biodiesel. Haverá mudança de planos?
Cassel - Estamos desenvolvendo mais estudos sobre a mamona. Mas também há uma questão de mercado: não se está usando a mamona apenas para o biodiesel porque é um produto usado pela indústria de cosméticos. Mas a mamona não é o único produto que poderá ser desenvolvido pelos agricultores. Há também aposta em alternativas como pinhão-manso e palma.
- Esse anúncio da ANP não atrapalha os planos da nova subsidiária da Petrobras, a Petrobras Biocombustível?
Cassel - Não. A empresa ainda está em fase de implantação. Mas estamos muito focados no desenvolvimento da agricultura familiar das regiões Norte e Nordeste, em especial do semi-árido. As três usinas - Candeias (BA), Montes Claros (MG) e Quixadá (CE) - terão o objetivo de ajudar a desenvolver a produção nessas regiões.
- Nesta semana, haverá reunião do conselho da empresa aqui em Brasília. Haverá mudança de estratégia em função do fracasso das negociações de abertura de mercado em Doha?
Cassel - Não. Será uma reunião de trabalho para acertar questões pendentes. Há uma previsão de estar trabalhando a pleno em 60 dias, com tecnologia moderna, com ganho em competitividade.
Carolina Bahia