IES: Argentina terá 6% da produção mundial de biodiesel até 2012
A Argentina deve ser responsável por 6% de todo o biodiesel produzido no mundo até 2012, desde que os projetos atuais saiam do papel, aponta relatório divulgado hoje pela organização Investigações Econômicas Setoriais (IES). Apoiado em uma grande produção de soja e na construção de grandes usinas, o país se prepara para ser um importante exportador do combustível renovável.
Já a participação no mercado de etanol deve ser praticamente nula. Segundo a IES, a Argentina deve responder por, no máximo, 1,5% da produção mundial até 2012. Em 2007, primeiro ano de produção em escala, a Argentina exportou 319,09 mil toneladas de biodiesel, segundo a Secretaria de Agricultura. Com preço médio de US$ 841 por tonelada, as vendas renderam aos produtores a divisa de US$ 268,4 milhões.
Do total, 76% dos embarques partiram para os Estados Unidos e 23,7%, para a Europa. No entanto, a maior parte dos carregamentos para os Estados Unidos é misturada com diesel comum e depois também é exportada para a Europa. As misturadoras americanas recebem do governo americano subsídio de US$ 1 por galão de biodiesel produzido.
Atualmente, oito companhias fabricam biodiesel na Argentina, com uma capacidade de produção estimada em 600 mil toneladas, segundo dados oficiais.
Incentivos
O governo fornece uma série de incentivos, como isenções tarifárias, para encorajar a abertura de usinas de biodiesel e etanol. Seu objetivo é ter capacidade suficiente para assegurar a oferta necessária para o cumprimento da mistura obrigatória de 5% no diesel e na gasolina, a partir de 2010. Para cumprir o compromisso, será necessária uma produção anual de 800 mil toneladas de biodiesel e 250 mil toneladas de etanol.
Até o final de 2008, o governo espera que a Argentina consiga produzir 1,5 milhão de toneladas de biodiesel. Já a Associação Argentina dos Biocombustíveis e Hidrogênio projeta uma capacidade de 2,2 milhões de toneladas até 2010. As informações são da Dow Jones.
Gerson Freitas Jr.
