Evento debateu pinhão-manso em Tocantins
A cultura do pinhão-manso e suas aplicações na área da agroenergia foram alvo dos debates do Jatropha World Congress e do 2º Dia de Campo no município de Caseara, que aconteceram nos dias 20 e 21 de junho, no Tocantins. Ambos encontros tiveram como objetivo unificar os resultados das pesquisas brasileiras com as estrangeiras, algumas das quais foram apresentadas no congresso. A iniciativa é da Saudibras, Biotins Energia e Fieto, que fazem parte do Comitê da Bioenergia do Mercoeste que, por sua vez, abriga uma rede de pesquisas em pinhão-manso no Tocantins.
O grupo quer produzir um livro sobre os resultados das pesquisas, que servirá de embasamento para novos pesquisadores. A produção de pinhão-manso tem crescido no estado graças a significativos investimentos da iniciativa privada. Para empresário Obeid Binzagr, da Saudibras (Fazenda Bacaba),a realização de um evento como este no Tocantins é importante não somente para a Saudibras e Biotins Energia, mas para todos do mercado de Biodiesel, como produtores e interessados no Pinhão Manso. "Queremos criar uma arena técnica, competente para se atualizar e debater sobre a cultura que abre portas para a geração de emprego e renda ao homem do campo", afirmou.
A produção de biodiesel a partir do pinhão-manso já uma realidade na região. A Biotins Energia, que tem uma capacidade de produção de 8 milhões de litros/ano, garante a compra de toda produção de pinhão manso dos plantadores do estado e oferece a assistência técnica através do Ruraltins. Em casos de agricultura familiar, a empresa faz a doação das mudas. O contrato de compra tem validade por dez anos, com preço pré-fixado, de R$ 300 reais a tonelada, com correções anuais, de acordo com o IPCA.
