Estudo indica viabilidade de usinas na América Central
Dentro do acordo entre Brasil e Estados Unidos para promover o uso do etanol no mundo, a Fundação Getúlio Vargas Projetos (FGV Projetos) divulgou a conclusão de um estudo sobre a viabilidade da produção de biocombustíveis na América Central e na África. O levantamento - que considerou desde viabilidade de aquisição de terras, até condições de solo e clima para cultivo de matéria-prima - indicou a viabilidade para investir em usinas de etanol e de biodiesel em El Salvador, na República Dominicana, no Haiti e em San Kitts y Nevis, além de em países africanos.
O estudo, feito no contexto da Comissão Interamericana do Etanol, que conta com a participação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), aponta a República Dominicana como o país de maior viabilidade, por já existir desde março de 2008, um marco regulatório de mistura de biocombustíveis à gasolina. Neste país, a recomendação do estudo é de implantação de duas usinas de etanol, uma com capacidade de produção de 170 milhões de litros por ano e a outra, de 255 milhões de litros anuais. Juntos, os dois projetos demandariam investimentos de US$ 385 milhões.
"É uma forma de transferir tecnologia que o Brasil domina para esses países, mas também uma oportunidade de investimento aos empresários brasileiros", avalia Roberto Rodrigues, coordenador da divisão de Agronegócios da FGV.
O estudo também indica ser viável implantar uma usina de biodiesel a partir de girassol e pinhão-manso na República Dominicana. Ainda, um projeto de etanol e outro de biodiesel em El Salvador e um de etanol em San Kitts Y Nevis. Para o Haiti, a recomendação é de uma usina de etanol e duas de biodiesel.
Fabiana Batista
