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Biodiesel

Estudo diz que governo deve rever programa nacional


Jornal O Tempo - 04 jul 2008 - 05:25 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:06

O governo terá de rever o Programa Nacional de Produção e Uso do biodiesel (PNPB) para que a produção nacional tenha acesso ao crescente mercado mundial dos biocombustíveis. A conclusão é de estudo divulgado ontem pela consultoria Tendências, para quem há distorções no modelo atual que podem culminar em barreiras não-tarifárias ao biocombustível brasileiro.

Atualmente, grande parte da produção é proveniente da soja, gerando competição com a oferta de alimentos, uma preocupação recorrente dos países desenvolvidos atualmente. "Apesar da boa vontade do governo, o programa não está indo na direção correta", diz a coordenadora do relatório, a consultora Amaryllis Romano.

Na avaliação dos especialistas da Tendências, o desenvolvimento da oferta de biodiesel deve ser focada em oleaginosas alternativas, como mamona e pinhão-manso, cultivadas em áreas menos propícias à produção de alimentos em grande escala. "A competitividade do biodiesel não está relacionada apenas com preço, mas também com a sustentabilidade da produção", ressalta Amaryllis.

Ela lembra que países desenvolvidos começam a definir certificações para a importação de biodiesel. A Suíça, por exemplo, anunciou recentemente que não comprará produto feito com trabalho escravo ou em áreas da floresta amazônica. Com base em dados da Food and Agricultural Policy Research Institute, o relatório da Tendências identifica um mercado potencial para exportações de 1,77 bi de litros de para a União Européia em 2017.