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Biodiesel

Alta das oleaginosas dificulta expansão das usinas de biodiesel


DCI - 14 mai 2008 - 07:04 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:06

O aumento no consumo de alimentos e a alta nas cotações do petróleo promoveram uma elevação nos preços dos óleos vegetais nos últimos 12 meses que varia de 44,4% a 168,3%, dependendo da matéria-prima. Para o óleo de soja, matéria-prima de mais de 90% do biodiesel produzido no País, a valorização foi de 56,3%. Em razão disso e, pressionadas pelo alto custo de produção, as usinas de biodiesel no Brasil seguem sem perspectiva da expansão.

O mercado internacional das oleaginosas aponta para a manutenção dos preços em patamares elevados pelo menos até a próxima safra. A conjuntura de queda mundial dos estoques de soja em grão e o aumento do esmagamento devem assegurar cotações recordes para a soja.

"O Brasil está com os estoques do complexo soja em queda e aumentando o consumo interno de farelo e óleo", disse Paulo Mollinari, analista da Safras & Mercado. Ele avalia que a queda dos estoques domésticos seja da ordem de 40%, 34% e 23% para grão, óleo e farelo, respectivamente.

A diversificação das matérias-primas, uma das saídas encontradas pelas usinas para serem competitivas, já não é garantia de cobertura dos custos de produção. Nos últimos 12 meses encerrados em março, o preço do óleo de canola subiu 78%. Seu substituto no nicho deixado pelo produto na indústria de alimentos, o óleo de palma, apresentou elevação de 77,3% na Bolsa da Malásia.

Pouco utilizado, o óleo de mamona foi o que apresentou menor aceleração, 44,4%. Em contrapartida o óleo de girassol avançou 168,3% e só no primeiro trimestre de 2008 já acumula alta de 30%.
 
Priscila Machado