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Agrenco nega que esteja sob investigação


Gazeta Mercantil - 30 jun 2008 - 05:41 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:06

Os recibos de ações (BDRs) da Agrenco Limited, suspensos do pregão da Bovespa no último dia 20, voltaram a ser negociados na sexta-feira, fechando com alta de 35,20%, a R$1,69. Apesar da recuperação, os papéis da companhia, que estrearam na Bovespa em outubro de 2007, apresentam perda acumulada de 80,2%, desde final de outubro. Notícias de que a empresa estava com problemas e a prisão de três de seus altos executivos no dia 20, o que levou a bolsa a suspender as negociações de seus BDRs, vinham enfraquecendo o papel.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na sexta-feira, a companhia informou que nem a Agrenco Limited, nem suas controladas no Brasil, estão sendo acusadas ou investigadas por conta de qualquer tipo de atividade ilícita, apesar da prisão pela Policia Federal dos agora ex-administradores da companhia: Francisco Carlos Ramos (diretor de relações institucionais e ex-membro do Conselho de Administração), Antônio Iafelice (presidente do Conselho de Administração e diretor-presidente) e Antônio Augusto Pires Junior (diretor operacional). Juntos, Iafelice, Pires e Ramos possuem mais de 55% das ações da Agrenco, de acordo com informações do prospecto de distribuição de ações da companhia.

A prisão dos executivos ocorreu por acusações de terem maquiado balanços e por operações fictícias de exportação de soja. Em seu comunicado, a Agrenco esclarece que respondeu por 14,6% do volume de exportação de soja brasileira no primeiro trimestre, sendo que no exercício de 2007 esse volume foi equivalente a 5,6%. Apesar disso, informa que está em tratativas com a empresa de auditoria KPMG para solicitar uma nova verificação em suas demonstrações financeiras.

Reavaliação é possível
O presidente da KPMG, David Bunce, afirma que um trabalho adicional como a Agrenco é possível. Mas ressalta que ainda não ha nada definido a esse respeito. "Temos muita confiança na nossa metodologia de auditoria", disse. A KPMG não fez ressalvas aos resultados no balanço da companhia, auditado em 2007. "Concluímos que o balanço reflete a situação atual da companhia em 2007." Bunce informou que a auditoria não tem acesso a detalhes sobre as acusações da Polícia Federal aos ex-executivos da Agrenco. "Se houver alguma fraude, os números são muito pequenos dentro do universo da companhia, acrescentou. A KPMG auditou os balanços da Agrenco dos últimos quatro anos.

Aumento de Capital
A Agrenco esclareceu que houve uma incorreção no fato relevante que ela enviou ao mercado no dia 24 de junho, no qual comunicou a assinatura de um memorando de entendimentos com a Louis Dreyfus Commodities (LDC) para a realização de um aumento de capital. Segundo a Agrenco, a informação correta é que a holding (detentora de 48,3% do capital social) subscreverá no mínimo R$ 33,52 milhões do valor do aumento do capital social que será de R$ 65 milhões. O aumento será feito sem a realização de nova oferta púbica de ações e/ou BDRs. Para o aumento, serão emitidas 77,38 milhões de ações ordinárias, com o preço de subscrição de R$ 0,84 por ação.

Tags: Agrenco