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Pesquisa compara aditivos antioxidantes para biodiesel


BiodieselBR.com - 02 jun 2011 - 11:09 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:16

Pesquisadores do Laboratório de Biodiesel da Universidade do Idaho publicaram um estudo comparando as performances de aditivos antioxidantes quando misturados ao biodiesel. A ideia era medir o impacto que a mistura desses aditivos teria em amostras tanto novas quanto degradadas de biodiesel em comparação às especificações dos Estados Unidos e da União Européia. Este projeto de pesquisa foi patrocinado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Para os testes, quatro marcas comerciais de aditivos foram misturadas nas proporções 200 e 500 partes por milhão (ppm) a amostras de biodiesel feito com canola, óleo de mostarda e soja. As amostras então passaram por um equipamento que aquece o combustível a 110ºC enquanto é borbulhado ar atmosférico nele para acelerar o processo natural de oxidação – o chamado teste rancimat. Para atender a norma norte-americana, a amostra deve permanecer estável por, pelo menos, três horas. Já a norma européia exige 6 horas.

Nenhum dos aditivos testados falhou em atender a especificação dos EUA. A maioria das amostras usando proporção de 500 ppm também conseguiu ser aprovada pelos padrões europeus. A única exceção foi o biodiesel feito de óleo de mostrada, três dos quatro aditivos falharam em mantê-la estável tempo o suficiente.

Mas, segundo o diretor do laboratório, Joe Thompson, o teste mais importante da pesquisa aconteceu quando amostras de combustível degradado foram misturadas aos aditivos para determinar se eles conseguiriam reverter o processo de degradação. “Estávamos tentando descobrir se havia essa possibilidade e acabamos conseguindo resultados positivos em cada uma das amostras de biodiesel com pelo menos um dos quatro aditivos testados”, anima-se o pesquisador.

Nessa segunda etapa foram usadas amostras de biodiesel de colza, palma, sebo e óleo de mostarda que haviam permanecido armazenados por aproximadamente dois anos. Nos testes com concentração de 200 ppm, três das amostras foram capazes de atender as especificações dos EUA com pelo menos um dos aditivos testados. Nas concentrações de 500 ppm, além de todas as amostras serem aprovadas para o padrão norte-americano, um dos aditivos conseguiu colocar duas amostras novamente dentro das exigências da UE.

Segundo Thompson agora sua equipe dará continuidade a esse estudo só que abordando a questão da destilação. “Várias companhias estão começando a destilar o seu biodiesel, o que destrói os antioxidantes naturais presentes no combustível. Isso exige a mistura de um aditivo”, finaliza.

Leia a íntegra do estudo (PDF em inglês).

BiodieselBR.com