Minerva aposta na sustentabilidade do sebo bovino para biodiesel
Medidas sustentáveis, já bastante adotadas na agricultura e na pecuária, chegam aos frigoríficos. Iniciada em março de 2011, a usina de biodiesel do grupo Minerva, localizada em Palmeiras de Goiás (GO), conta com o sebo bovino como matéria-prima para a produção de biodiesel. Os restos de animais que seriam destinados a indústrias de cosméticos ou simplesmente descartados, passam a ser fonte de energia renovável. O processo de produção consiste em produzir biodiesel a partir de 100% de sebo bovino, matéria-prima derivada dos processos industriais de abate de bovinos e desossa.
Segundo Marcelo Alcântara, administrador de empresas e diretor da usina de biodiesel do grupo Minerva, o sebo bovino conta com uma boa conversão para biodiesel, praticamente de 1 para 1.
"A vantagem é sua competitividade no mercado. É uma matéria-prima competitiva com um custo de produção mais viável, economicamente falando. Além disso, ela representa os padrões de especificações técnicas da Agência Nacional de Petróleo (ANP)" afirma o administrador.
Para ele, esse é um meio de trazer mais sustentabilidade para o setor frigorífico. Isso porque, de acordo com Alcântara, parte-se do conceito de utilizar resíduos de processos industriais para gerar um novo produto que ainda gera energia, sendo uma fonte renovável, preservando o meio ambiente e as fontes fósseis de petróleo.
"A fábrica produz 45 mil litros de biodiesel por dia, utilizando uma tecnologia própria da Minerva. A comercialização do biodiesel é regulada pela ANP e a meta é vendermos 100% para a Agência através dos leilões da ANP Petrobras. Estamos trabalhando para que a usina continue sendo um projeto sustentável seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Produção de Biodiesel (PNPB)" conclui o administrador.
O governador de Goiás, Marconi Perrilo, conhece as instalações da usina do Grupo Minerva
Kamila Pitombeira - Portal Dia de Campo
Foto: Henrique Luiz