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Com imposto especial uso de óleo de cozinha para biodiesel dispara no Reino Unido


BiodieselBR.com - 22 set 2011 - 07:35 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:17

Apesar de suas inegáveis vantagens ambientais e econômicas, o reaproveitamento de Óleos e Gorduras Residuais (OGRs) na fabricação de biodiesel ainda não decolou no Brasil. A criação de um sistema eficaz de coleta e logística do óleo usado tem se mostrado um desafio dos mais difíceis de solucionar. E a falta de apoio governamental faz a tarefa ficar ainda mais árdua. Mas o Reino Unido parece ter feito avanços significativos nesse front e já produz 50% do biodiesel que consome a partir de óleo reciclado.

A informação vem de dados preliminares do terceiro relatório anual do Renewable Transport Fuels Obligation – a legislação que o obriga a mistura de um percentual de biocombustíveis nos combustíveis fósseis vendidos na Grã-Bretanha – da Agência dos Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês) do Reino Unido. Segundo o documento, embora o etanol esteja em franco crescimento – ele cresceu de 29% no ano passado para 41% – o biodiesel continua sendo combustível renovável número um do país, com 59% de participação do mercado britânico.

Mas o que chama a atenção é o avanço extraordinário dos OGRs entre as matérias-primas do biodiesel. Em apenas um ano ela saiu de pífios 3% registrado em abril de 2010 para 50% do mercado em abril desse ano. Em termos absolutos, 428 milhões de litros de óleo de cozinha usado foram transformados em biodiesel no período observado. O avanço só foi possível graças a criação de incentivos fiscais que isenta de impostos o biodiesel produzido de óleo reciclado em pequena escala – máximo de 2.500 litros por ano.

Segundo os dados da RFA, a participação do óleo de soja caiu de 41% para 25% e do óleo de palma foi de 11% para 6%.

Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com