Be8 apresenta índice que mensura benefícios gerados por biocombustíveis em Davos
Não é novidade que o preço dos combustíveis na bomba reflete apenas parte de uma conta bem mais complexa. Ele deixa de fora uma série de custos – ‘externalidades’ no jargão da economia – socioambientais que são difíceis de mensurar diretamente. Para tentar cobrir essa lacuna, a fabricante de biodiesel Be8 e a consultoria Accenture somaram forças para elaborar um novo indicador chamado Fator Econômico e Ambiental (FEA), que será apresentado nesta quarta-feira (22) como parte da programação da Brazil House – espaço que reúne ações de empresas brasileiras no Fórum Econômico Mundial, que está acontecendo esta semana em Davos, na Suíça.
Segundo o presidente da Be8, Erasmo Battistella, a ideia para o novo indicador surgiu durante sua participação na Conferência BiodieselBR 2022. “A gente discute como se o biodiesel precisasse ter o mesmo preço do diesel ou ser mais barato”, comenta, acrescentando que manter a discussão nesses termos falha em captar tanto os impactos positivos gerados pelo biodiesel quanto os impactos negativos do diesel de petróleo.
Olhar apenas os preços finais foi o que levou o governo anterior a decidir cortar a mistura obrigatória do biodiesel em maio de 2021 – decisão que só seria revertida em abril de 2023. Segundo Erasmo, essa foi uma decisão “equivocada”. “Obviamente, temos sempre que olhar os preços, mas, para tomarmos decisões melhores, precisamos ter as informações de uma forma mais estruturada para entender o que é melhor para o país”, prossegue, apontando que há uma grande necessidade desse tipo de ferramenta agora. “Esse é um momento muito importante para apresentar essa ideia, já que o Brasil está indo para o B15 e que o Combustível do Futuro permite chegar até B25”, diz.
