Mistura de biodiesel sobe para 3% em uma semana
O metanol, derivado da petroquímica, segue como principal reagente na produção de biodiesel no Brasil. A partir de primeiro de julho, a mistura do biocombustível ao óleo diesel passa de atuais 2% para 3%. Mantida essa proporção, o consumo interno será de 1,2 bilhão de litros de biodiesel, ou 240 milhões de litros de metanol.
A reportagem apurou junto a empresas fornecedoras de serviços para a indústria de biodiesel que a maioria das fábricas instaladas no país utiliza tecnologia americana ou européia, baseada no emprego de metanol como reagente. Por isso, dificilmente o etanol da cana seria empregado. Mas isso é possível, caso os preços do derivado da petroquímica aumentem por conta da atual elevação do barril do petróleo.
Conforme a empresa especializada Methanex, o galão (3,7 litros) de metanol segue despencando de preço nos EUA, em valores inferiores a US$ 1,60. Ainda assim, o etanol mostra-se competitivo porque cada litro de hidratado, em termos comparativos, sai da fábrica, sem impostos, por médios R$ 0,60. Desta forma, um galão do combustível da cana sai por R$ 2,30 - ante R$ 2,20 médios do galão de metanol. Tais valores, no entanto, dependem muito da situação atual das cotações do petróleo. Deve-se também levar em conta os custos de importação do metanol, o que o tornam desvantajoso em relação ao biocombustível.
