Exportadores de petróleo decidem manter produção, mas Arábia Saudita tentará elevar preço
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reuniu neste fim de semana e chegou a uma decisão: manter a produção de petróleo no nível atual. Isso significa conviver com a atual tendência de queda dos preços, em vez de tentar contê-la. Mas há uma grande ressalva nessa posição oficial do grupo. A Arábia Saudita, maior exportador do mundo (com 17% das vendas globais), informou que fará novos cortes em sua produção, informa a CNBC.
O anúncio foi feito pelo ministro saudita da Energia, príncipe Abdulaziz bin Salman. A Arábia Saudita deverá cortar 1 milhão de barris por dia de sua produção. O movimento ocorre como parte de um esforço saudita para contar a queda de preços do petróleo no mercado global. Desde agosto de 2022, o barril de petróleo caiu de um nível próximo a US$ 100 para os atuais US$ 70. O governo saudita trabalha no momento com expectativa de elevar o preço para pelo menos US$ 80, segundo o Financial Times. “Faremos o que for necessário para trazer estabilidade a esse mercado”, afirmou bin Salman.
Pesquisadores já concluíram que a instabilidade dos preços do petróleo são um fator de incentivo ao uso das fontes limpas de energia.
A produção total dos países da Opep já está sob contenção. Está em vigência um corte de 2 milhões de barris por dia, acordado entre os países exportadores, e além disso estão em andamento cortes adicionais (voluntários de cada país membro) de um total de 1,6 milhão de barris por dia – isso antes da decisão de hoje da Arábia Saudita. O grupo decidiu que a produção total em 2024 será de 40,5 milhões de barris por dia.
