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Evonik inicia construção de sua fábrica de metilato de sódio na América do Sul


BiodieselBR.com - 19 set 2011 - 07:15 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:17

Em cerimônia realizada na última quinta-feira a multinacional alemã fez na Argentina o lançamento da pedra fundamental da nova fábrica de catalisador para biodiesel.

Menos de cinco meses depois do anúncio de investimento em uma fábrica de biodiesel na América do Sul, a Evonik deu início às construções de sua terceira planta de metilato de sódio no mundo. 

O evento teve início no local de construção da fábrica, em Rosário do Sul na Argentina, onde a cerimônia de lançamento da pedra fundamental foi realizada. Depois, em Buenos Aires, a cerimônia continuou com a presença de representantes de usinas de biodiesel do Brasil e Argentina, além de outras empresas parceiras e funcionários da Evonik.

O evento contou com a presença de Dahai Yu, membro do executive board da empresa. “Queremos expandir e solidificar nossa posição como líder global de fornecedor de catalisadores para a produção de biodiesel” explicou Yu durante o lançamento da pedra fundamental.

Segundo a empresa toda a engenharia para a construção da fábrica já está completa e sua finalização deve ocorrer no máximo até o fim de 2012. A rapidez de construção só será possível porque a fábrica usará a mesma tecnologia e design da construída em 2009 nos Estados Unidos, que demorou nove meses para ficar pronta. A fábrica terá capacidade para produzir 60 mil toneladas de metilato de sódio quando em plena capacidade. Esse volume de metilato permite a produção de cerca de 3 bilhões de litros de biodiesel.

Na cerimônia realizada no começo da noite de quinta-feira, Jose Berges, vice-presidente sênior e chefe da linha de alcóxidos e de produtos de eletrólise, apresentou um pouco da visão da empresa sobre o mercado de biodiesel no mundo. Segundo ele, a questão da redução dos gases de efeito estufa precisa ser vista pelos produtores de biodiesel de soja, já que a Europa alega que essa matéria-prima não atinge o índice de redução de 35% das emissões requerido. A sugestão dada por ele é que os produtores façam suas próprias avaliações para mostrar que o índice de redução é maior que o definido pela Europa. O crescimento da produção de biodiesel na América do Sul também mereceu destaque já que a produção da região cresceu 190% entre 2007 e 2010.

Apesar do evento com as usinas terem encerrado na quinta-feira, os representantes da Evonik foram recebidos no dia seguinte pela Ministra da Indústria e do Comércio da Argentina, Debora Giorgi, em Buenos Aires. O objetivo era discutir o planejamento deste investimento e as etapas adicionais de uma cooperação econômica.

Entrevista

Durante sua visita a Argentina o membro do Executive Board da Evonik, Dahai Yu, concedeu uma rápida entrevista exclusiva à BiodieselBR onde falou sobre o significado dessa fábrica e a impressão que teve dos produtores de biodiesel sul-americanos.
 
BiodieselBR - O que a nova fábrica de metilato representa para a Evonik?
Dahai Yu - Essa fábrica representa não só nosso empenho em crescer nos mercados emergentes, mas também nosso compromisso em dar suporte às grandes tendências mundiais, como a eficiência energética e os combustíveis alternativos. Além disso, a transferência de tecnologia permite criar riquezas e globalizar tecnologia nesses mercados.

BiodieselBR - Você esteve envolvido pessoalmente no projeto dessa fábrica?
Dahai Yu - Não. Eu recentemente me tornei parte do Board para esse negócio, mas após analisá-lo fiquei bastante animado. Hoje lançamos a pedra fundamental da fábrica que ficará pronta até o final de 2012. Isso só será possível por que temos um grupo muito bom de engenheiros que são muito experientes.

BiodieselBR - O que as usinas brasileiras podem esperar com essa nova unidade?
Dahai Yu - A construção desta fábrica foi escolhida na Argentina por uma série de razões, como logística e matérias-primas, mas esta é uma fábrica para toda a América do Sul. Por isso estamos muito felizes em receber importantes produtores de biodiesel do Brasil aqui hoje. Quando a planta estiver em funcionamento nós teremos um acesso muito mais fácil ao mercado brasileiro e os clientes serão beneficiados com a melhora na logística, com a maior segurança e um aperfeiçoamento geral no serviço já prestado pela Evonik.

BiodieselBR - A Evonik já está pensando em uma nova fábrica de metilato na América do Sul?
Dahai Yu - Eu adoraria ter novas fábricas, mas primeiro temos uma fábrica de 60 mil toneladas para construir, fazer o startup e iniciar a produção.  Mas é claro que se o mercado permitir nós vamos construir outra fábrica.

BiodieselBR - Tem alguma mensagem que você gostaria de mandar para o setor de biodiesel no Brasil?
Dahai Yu - Cada região tem que se desenvolver com base em suas especificidades. Se você olhar para a o Oriente Médio, verá que eles são ricos em petróleo. Olhando para a China ou Ásia você encontrará trabalhadores qualificados. Se olharmos para a América do Sul vemos que é uma região rica em recursos naturais, particularmente em recursos agrícolas. Por isso acredito que essa é uma grande oportunidade para desenvolver o Brasil e a América do Sul, usando essas vantagens específicas, e o biodiesel pode acrescentar muito na cadeia de valores e na criação de riquezas. A Evonik está muito feliz em contribuir com um pouco de nossa tecnologia no desenvolvimento da América do Sul. Uma coisa interessante que notei neste dia que passei aqui foi o nível de entusiasmo dos empresários com que conversei. É o mesmo nível de empolgação que você pode sentir na Ásia, o que é muito bom e me deu uma impressão muito positiva.







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