Cana e dendê podem produzir muito mais energia que o pré-sal

// 07 outubro 2009 // Energia renovável

Pré-sal: futuro do Brasil?

Pré-sal: futuro do Brasil? Crédito: Ricardo Stuckert (Foto manipulada digitalmente)

Em sua coluna no portal BiodieselBR, o pesquisador Décio Gazzoni, com extrema facilidade e competência, compara o volume de energia disponível na tão propalada área do pré-sal com o equivalente na superfície do planeta com dendê e cana-de açúcar.

As diferenças são gritantes na geração de empregos e na emissão de CO2. Para cada emprego gerado na exploração do pré-sal seriam gerados 152 na produção de etanol para produzir a mesma quantidade de energia. Na queima do etanol são gerados cerca de 10% de CO2 em relação a gasolina.

O artigo deixa claro que a opinião do autor não é contra a exploração do pré-sal, mas que a energia da biomassa seja também explorada, produzida e incentivada com a mesma intensidade, pois o potencial de geração de energia da biomassa brasileiro é muito maior e mais duradouro que o pré-sal.

Como milhares de outros poços de petróleo que já secaram, um dia os poços do pré-sal também secarão, enquanto a energia tirada de 30 centímetros do solo brasileiro continuará por séculos, gerações e mais gerações.

O Décio Gazzoni deu ao setor de biodiesel e a todos os que lutam pelas mais diversas formas de energias renováveis, argumentos para debates e mostrou claramente que o pré-sal não é e não será a melhor opção para a salvação do Brasil.

E para reforçar os argumentos dos defensores dos combustíveis renováveis, o Ministério da Fazenda concluiu um estudo onde recomenda adoção de metas de redução de gases do efeito estufa, que consolidará o Brasil na liderança mundial em energias renováveis. O estudo do Ministério da Fazenda vislumbra vantagens econômicas em poder antecipar oportunidades de política industrial e de traçar estratégias de ação para a “futura economia” de bens e serviços de baixo carbono. Ou seja, o Ministério da Fazenda vê no problema uma oportunidade e estima um valor de aproximadamente cinco bilhões de reais por ano para o mercado brasileiro de MDL.

Para quem não teve a oportunidade de conhecer “o tesouro da superfície”, na página abaixo o trabalho está disponível na íntegra:
http://www.biodieselbr.com/colunistas/gazzoni/tesouro-superficie-22-09-09.htm

Univaldo Vedana

Catálogo do biodiesel 2010



2 Comentários em “Cana e dendê podem produzir muito mais energia que o pré-sal”

  1. Joyce disse:

    A produçao do biodiesel, é uma questão de coerência com a atual situação do planeta. Temos que deixar de uma vez por todas, a facilidade de lado, por mais que seja complicado, a produção e comercialização de biodiesel, é fundamental, para a sobrevivência animal e vegetal. Há muitas outras alternativas, como a biomassa, e o Brasil tem suporte pra produzzzir. Que pré-sal que nada, a humanidade está caminhado para um buraco de 7.000m…literalmente. “Coerência, é o que cobro do Governo, e entendimento da população!”

  2. Jair Rothschild Almeida disse:

    Um comentário em “Cana e dendê podem produzir muito mais energia que o pré-sal”

    Caro professor dr. UNIVALDO VEDANA, muito obrigado por trazer a público “o artigo estudo do pesquisador
    Décio Gazzoni” da importância para a vida nacional, a contínua exploracão do biocombustiveis derivados da “Cana e dendê”.
    É minha conviccão: A competência de produzir visualizações com grau de precisão confiável e norteadora das decisões mais acertadas, à frente,
    só podem vir dos sapientes cérebros bem formatados nos bancos das academicas universidades.
    Nossa béla história continua em vôo de cruzeiro.
    Hoje, gracas a nossa visibilidade global, somos referencia em energias renováveis, o caminho por excelencia.
    Naturalmente, creio, priorizaremos nossos biocombustiveis, aos dwerivados fósseis no pre-sal, pois é tendência do pensamento global.

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