Planejamento para atrair investimentos em Biodiesel

// 07 dezembro 2006 // Biodiesel

Por Univaldo Vedana

Mundo: América do Sul: Brasil

Os novos investimentos em construção de usinas na Europa, Ásia, Austrália e Estados Unidos, projetam produções de biodiesel com números altíssimos. Isso nos traz uma certeza: A agricultura mundial só conseguirá produzir a quantidade de oleaginosas suficientes para todo esse biodiesel com grandes investimentos.

Essa é uma excelente oportunidade para o agronegócio brasileiro. Estamos com a faca e o queijo na mão. A indústria de biodiesel européia precisará de bilhões de litros de óleo vegetal por ano para suprir a demanda de biocombustível. E eles não dispõem de terras para aumentar a produção de oleaginosas para atender a essa demanda. Com isso precisarão importar quantias muito maiores de matéria-prima. Para suprir essa demanda, farão investimentos em países com potencial agrícola. E é aí que está a oportunidade.

Precisamos elaborar projetos que falem a língua do investidor que tenham começo, meio e fim, quem mostrem objetivos, formas e resultados. Eles têm o dinheiro, querem investir e querem retorno financeiro. Nós temos as terras, a tecnologia e vontade de produzir. Mas vontade só, não basta. Precisamos de planejamento, estabelecer metas responsáveis, coordenação entre toda a cadeia produtiva, envolvendo o campo, a logística, a indústria e infra-estrutura portuária.

Enfim, precisamos juntar a fome com a vontade de comer.

Catálogo do biodiesel 2010



7 Comentários em “Planejamento para atrair investimentos em Biodiesel”

  1. osvaldo braz filho disse:

    estamos com a faca e o queijo na mão,mas também estamos com o pader público atrelado; o que ajuda e atrapalha.quando investe no programa ajuda,mas a desorganização estatal atrapalha muito.haja vista os problemas já existentes em algumas regiões do pais com o cultivo da mamona e o não cumprimento dos contratos por parte das empresas credenciadas.

  2. Arlindo M. Freire disse:

    O sistema cooperativista internacional – poderia ser um grande aporte para a organização do pequeno e médio produtor rural em função do biodiesel, considerando que esses brasileiros, além da falta de conhecimentos sobre este assunto, ainda contam, sem dúvidas, com a escassez de recursos financeiros, planejamento e tecnologia com esse objetivo.
    Quando falamos em sistema cooperativista internacional – estamos nos referindo à ACI – Associação Internacional das Cooperativas e outras instituições do ramo, sediadas na Europa, com área de ação mundial, centrada nos princípios do cooperativismo – em que o homem está acima de qualquer outro fator-objetivo, sem menosprezar os demais: econômico,financeiro, político e tecnológico.
    Portanto, os dirigentes do cooperativismo brasileiro deveriam abrir os seus braços – levar este assunto para a ACI, através das organizações nacionais, visando conseguir o apoio do cooperativismo internacional – para fazer com que as cooperativas brasileiras – sejam integradas ao sistema biodiesel, com pinhão-manso para o Nordeste, no sentido de que os atuais e futuros cooperativados participem desse empreendimento.
    Esperamos que isso venha ser uma realidade, com a necessária urgência, pois os produtores rurais nordestinos continuam na fase de arruinamento – esperando, apenas, que o semi-árido, de forma impossível, segundo a meteorologia, seja o seu caminho de salvação.
    Lembramos que a decadência do pequeno e médio produtor rural nordestino tornou-se uma constante, nos últimos 40-50 anos, sem qualquer indicação da política governamental para corrigir o problema – fazendo com que os campos sejam abandonados, destruidos e improdutivos, dando lugar ao êxodo para as cidades – onde a marginalidade cresce de modo assustador.
    Esperamos que esta idéia seja conhecida, examinada e analisada pelo sistema cooperativista, assim como pelos governos, sem considerar essa ou aquela região, mas todo o Brasil, inclusive o Nordeste, onde o Pinhão-Manso resiste às secas e demais intempéries, durante mais de 40-50 anos, a exemplo do homem nordestino que deseja ter os meios para o trabalho e produção – para obter uma vida dígna.
    Além disso, falta atenção para o seguinte: nas terras onde a Petrobras explora o petróleo, no Rio Grande do Norte, muitos produtores rurais desconhecem o potencial de produção do Pinhão-Manso, ao mesmo tempo em que não dispõem de recursos para implantar essa produção, especialmente quem nada tem produzido com em suas áreas de 200, 500 e mais hectares, devido a falta de recursos A soluçãofinanceiros, chuvas e outros fatores.
    Como resolver esta problemática?
    Quem são os responsáveis por essas ocorrências?
    O desafio está lançado, colocado na mesa do sistema cooperativista e dos governos.
    A solução poderia começar, após o olhar e sorriso entre os dois maiores responsáveis, partindo, também, do aperto de mãos.

  3. luiz inacio disse:

    A pressão adicional sobre o solo por parte das culturas energéticas acarretará uma maior desflorestação e uma maior aceleração do aquecimento global e da extinção de espécies.

    Até agora já foram limpas enormes extensões da floresta do Amazonas no Brasil para o cultivo da soja destinada a alimentar a indústria da carne. Se se acrescentar a exigência do biodiesel da soja pode-se provocar a morte de toda a floresta. Simultaneamente, as plantações da cana-de-açúcar que alimentam a enorme indústria do bioetanol do país também estão a invadir o Amazonas, mas incidem sobretudo na floresta atlântica e no Cerrado, um ecossistema de savana de grande variedade, dois terços da qual já estão destruídos ou degradados [16] (Biofuels Republic Brazil, nesta série).

  4. Manoel Neto disse:

    Comentario do autor do Blog Biodiesel

    Extremamente infeliz a colocação dos colegas do exelente Blog BiodieselBr.

    Não podemos mobilizar o nosso potencial agrícola para virarmos meros fornecedores de matéria-prima como é a intenção dos países desenvolvidos. Não, não devemos. Devemos sim, mobilizar o nosso potencial agrícola de forma casada com o potencial industrial, esta, a verdadeira concepção de agronegócio. Produzir e agregar valores para gerar divisas e empregos no Brasil e não na Europa ou em qualquer outro Continente.

    Esta visão atrasada que é colocada, é uma visão pequena do agronegócio brasileiro e, porque não dizer, do próprio Brasil. Uma visão de povo colonizado.

    Essa é a hora do agronegócio brasileiro perder de vez este tipo de visão de país colonizado como esta apresentada e mostrar, como já vem mostrando, todo o seu potencial.

  5. No texto acima, me referi a produção de matéria prima para biodiesel visando atender também a futura exportação, não quis dizer com isto que concordo com a exportação de grãos (pinhão manso, mamona…), mas sim o óleo bruto ou refinado e se possível o próprio biodiesel. É incontestável que se produzirmos estas ou outras oleaginosas específicas para biodiesel estaremos promovendo emprego e renda no campo, mesmo que seja para exportar. Precisamos exportar produtos com o maior valor agregado possível. Isto é fundamental.

    Antes de pensarmos em exportação de biodiesel precisamos olhar para o mercado interno que hoje consome 40 bilhões de litros de diesel por ano e o biodiesel poderá abocanhar boa parte deste mercado. Para que isto aconteça precisamos de muito trabalho, competência e preço.

    Metade da safra brasileira de soja é exportada em grãos, as oleaginosas para biodiesel não poderão continuar cometendo o mesmo erro. Exportamos soja em grãos e temos uma dezena de esmagadoras paradas.

  6. Israel Neiva de Carvalho disse:

    Sou entusiasta do biodiesel e vejo uma grande oportunidade nesse setor,meu município esta localisado no vale do guaporé
    estamos trabalhando num projeto para produsir biodiesel com alcance de media de quarentas associaçoes com média de quatrossetas familias,com média des hectares cada podemos ter
    quatro mil hectares de oleaginosas para produçao de matéria
    prima,sem contar com alguns produtores que podem cultivar áreas bem maiores,queremos construir uma SA central e distribuir esmagadoras nas localidades de produçao,preciso ter contato com pessoas que sabe trabalhar com esse tipo de projeto.Sou secretário de Administraçao e Planejamento do meu Município.

  7. Jose Paulo disse:

    Estou com um projeto de de construção de 3 usinas, com apoio do lula, petrobras, tenho o Procreic 10 anos sem impostos, ja foi investido 1,5 milhoes de reais, mais ainda falta um investimento de 2 milhoes para liberar 2 areas, a empresa ja esta registrada, tudo pronto, ate mesma ja tem a construtora da inglaterra que vai montar as usinas, mas para o banco liberar a verba de 670 milhoes, falta somente liberar essas duas terras e nao temos recursos e precisamos de socios.

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